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terça-feira, 29 de novembro de 2011
QUE SERÁ MAÇANETA? - Dinah Ribeiro de Amorim
QUE SERÁ MAÇANETA?
Dinah Ribeiro de Amorim
_Lúcia, vá até o quintal e me traga algumas maçanetas! Quero fazer um doce.
_Verdes, vovó? Ainda não estão muito maduras.
_ As verdes são as melhores para doce. Ficam mais macias e caudalosas. Da. Vera adora os doces que eu faço e como anda meio ranzinza, nada como um docinho de maçaneta para alegrá-la.
_Por que ela anda assim, vovó? Que aconteceu?
_Seu filho foi embora. Fugiu com uma moça aqui da fazenda e ninguém sabe deles. Não avisou ninguém! O pai dela quer até matá-lo! Ainda bem que não se sabe aonde estão!
_Cruz, credo! Que rapaz ousado! Atrevido mesmo! Aonde se viu fazer uma coisa dessas. Vou correndo pegar as maçanetas, vovó!
(Observação: maçaneta, maçã pequena, dando origem à palavra maçaneta, abertura de porta, devido à forma de maçã, como era feita, no início).
QUANDO A MENTIRA VIRA REALIDADE! - Dinah Ribeiro Amorim
QUANDO A MENTIRA VIRA REALIDADE!
Dinah Ribeiro de AmorimRoberto apaixona-se perdidamente por Isabel, colega de repartição. Amor à primeira vista.
Preocupado, pergunta a um amigo em comum o que fazer para conquistá-la pois, era muito bonita e requisitada por todos.
Tomás, o amigo, conhecedor de Isabel de longa data, afirma-lhe que ela era louca por pintura. Fora do trabalho, o que mais a interessava era isso. Não perdia exposições, lançamentos, cursos, pintava sempre que podia. Seu hobby predileto.
Roberto começa então a se interessar repentinamente por essa arte e a mentir para ela que gostava e conhecia tudo sobre o assunto.
Levava-lhe presentes, reportagens, livros de arte, até que chega a convidá-la para uma exposição que rolava no momento: Deuses e Madonas, indo dos mestres antigos até os mais modernos.
A moça aceita logo, encantada.
Encontram-se no MASP para a exposição.
Isabel, estranhando um pouco esse conhecimento súbito, resolve testá-lo e convida-o a ver obras de Cézanne, afirmando ser um belo Renoir.
Roberto, sem contrariá-la, não sabendo nada de Renoir, concorda logo, elogiando também.
Isabel sorri maliciosamente e percebe que o rapaz mente, não entende nada de pintura. Resolve levar adiante sua brincadeira, confundindo-o com obras de Goya e Picasso, Modigliani e Monet e várias outras.
Já estavam quase saindo quando um quadro chamou realmente a atenção de Roberto, que ficou a olhá-lo, embevecido, admirado, querendo saber de quem era: um velho banco pintado por Van Gogh, durante sua estada no sanatório de Saint Rèmy. Olhava-o, olhava-o, cada vez mais interessado pelo autor.
Isabel, já impaciente, achou que era mais uma de suas mentiras e, contrariada, vai embora.
O rapaz, apaixona-se também por Van Gogh. Quis conhecer tudo sobre ele e recomeçar sua visita à exposição. A arte, o desenho, as cores dos grandes mestres ganha mais um adepto. Ele adquire um novo amor: a pintura, deixando Isabel à espera para quando começasse a crer nele de verdade.
Formariam um par perfeito! Ela também chegaria a essa conclusão.
domingo, 27 de novembro de 2011
Congresso do Escritores - De Carmen Lucia Raso
Olá Mestra,
O prazer foi todo nosso.
Acho até que "deu um gás " na vontade de escrever, apesar de todos os pezares,
aqueles que ouvimos e pudemos sentir.
O que vale é ainda sonhar, fazer o que nos deixa feliz e isto vale tanto para a nossa Mestra,
como a amizade de todas as " Meninas ".
Carmen Lucia Raso
O prazer foi todo nosso.
Acho até que "deu um gás " na vontade de escrever, apesar de todos os pezares,
aqueles que ouvimos e pudemos sentir.
O que vale é ainda sonhar, fazer o que nos deixa feliz e isto vale tanto para a nossa Mestra,
como a amizade de todas as " Meninas ".
Carmen Lucia Raso
A DE SEMPRE!” DE CARLOS DRUMOND DE ANDRADE - Dinah Ribeiro Amorim
OFICINA DE CLASSE: INVENTAR UM CONTO BASEADO EM :”A DE SEMPRE!” DE CARLOS DRUMOND DE ANDRADE.
Dinah Ribeiro de Amorim
Carlos, aborrecido com vários problemas, sai do trabalho e nem pensa em voltar para casa. Resolve tomar umas e outras...
Passa no bar de sempre e já pede uma cerveja. O garçon pergunta-lhe se já experimentou uma nova que chegou: Devassa! Ele, sem ligar para o rótulo, apenas querendo aliviar seus males, diz que sim! Experimenta a Devassa, gosta e pede mais uma.
Sai do bar já mais tranqüilo e resolve parar em outro, freqüentado por um amigo muito bacana, de bom papo!
Quando chega, encontra-o logo, tomando também uma cerveja. Pede para ele também. O garçon pergunta-lhe: Qual marca? Ele responde: a mesma do meu amigo. Era Skol.
Tomam duas cervejas juntos e resolvem sair dali e terminar a noite em outro barzinho legal, inaugurado recentemente. Pelo jeito, a boemia iria longe...
Logo que chegam, avistam um senhor pedindo uma cerveja ao garçon.
Este pergunta-lhe:
_ De qual marca?
O senhor responde: “ a mesma de sempre”.
Os dois amigos, já bastante alterados pelo efeito da bebida, muito alegres, brincando, pedem também uma cerveja.
O mesmo garçon pergunta-lhes:
_Qual marca?
Os dois respondem juntos, unindo-se ao velho: “A mesma de sempre”
_ Como? diz o garçon. Vocês nunca vêem aqui!
_ “A mesma de sempre que ele bebe”, respondem os dois, apontando o senhor, sem saberem qual cerveja faltava ainda para pedir!
O PALHAÇO - Resenha por Dinah Ribeiro Amorim
RESENHA DO FILME: “O PALHAÇO”
Dinah Ribeiro de Amorim
Filme brasileiro, 2011, com 90’ de duração. Feito pela Imagens Filme.
Direção: Selton Mello.
Elenco: Selton Mello, Paulo José, Larissa Manoela, Gisselda Mota, Moacyr Franco, Erom Cordeiro, Cadu Fávero, Teuda Bara e Thogun Ferrugem.
Festival de Paulínia: 2011.
Melhor direção: Selton Mello.
Melhor roteiro: Selton Mello, Marcelo Vindicatto.
Melhor ator: Selton Mello.
Melhor ator coadjuvante: Moacyr Franco.
Dinah Ribeiro de Amorim
Filme brasileiro, 2011, com 90’ de duração. Feito pela Imagens Filme.
Direção: Selton Mello.
Elenco: Selton Mello, Paulo José, Larissa Manoela, Gisselda Mota, Moacyr Franco, Erom Cordeiro, Cadu Fávero, Teuda Bara e Thogun Ferrugem.
Festival de Paulínia: 2011.
Melhor direção: Selton Mello.
Melhor roteiro: Selton Mello, Marcelo Vindicatto.
Melhor ator: Selton Mello.
Melhor ator coadjuvante: Moacyr Franco.
O filme conta a estória de Benjamim que forma dupla de palhaços Pangaré e Puro Sangue, com seu pai, Paulo José. Crescido dentro do circo, Benjamim vai se cansando dessa vida, achando-a monótona, perdendo a graça, principalmente quando chega à conclusão de que não tinha identidade, documentos próprios nem para comprar um ventilador para o circo, que era o seu sonho. Só possuía um registro de nascimento, velho e roto, não sendo aceito por nenhuma loja. Todos no circo o amavam mas pedem-lhe a toda hora alguma coisa que necessitam e ele não consegue comprar. Até um soutien para a velha gorda teria que providenciar. Havia quebrado!
Conhece uma moça nova, de outra cidade, que o entusiasma a procurá-la mas, antes, cai em depressão e resolve ir embora. Mudar de profissão, ir em busca de seus sonhos...
Recebe antes um aviso do pai:”a gente tem que fazer na vida o que sabe fazer bem” e dedicar-se a isso! Filosofia simples que aprendera com um músico de bar, também simples!
Benjamim vai embora, procurar a moça e encontra-a noiva, para casar. Arruma um emprego, tira a carteira de identidade, compra o ventilador que queria e resolve voltar, sabendo que é engraçado, a única coisa que é na vida: engraçado, sabe fazer os outros rirem.
Na sua volta, encontra o pai encenando sozinho e diz-lhe, em forma de brincadeira:” a gente deve fazer o que sabe, fazer rir, e bem feito!”
Feliz novamente com sua arte, não precisou muitas andanças na vida para encontrar novamente seu caminho.
O filme é um poema, romântico, suave, bem feito, cômico às vezes, profundo, sem necessitar de palavras feias e cenas eróticas para retratar a vida simples do nosso interior, nossa população brasileira. É merecedor de muitos prêmios tanto o autor Selton Mello com seu texto, direção e atuação como seus companheiros de elenco, que são ótimos, cada um no seu papel.
domingo, 20 de novembro de 2011
Até que ponto uma mentira é valida? - Dinah Ribeiro Amorim
ATÉ QUE PONTO UMA MENTIRA É VÁLIDA?
Dinah Ribeiro de Amorim
Roberto era um tio muito querido que amanheceu um dia com dores de dente. Encaminhado ao dentista, foi verificado que sua dor não era o dente mas um tumor que havia invadido a maxila e necessitava ser operado com urgência.
Feita a biópsia, verificou-se que era maligno mas, totalmente extirpado, foi mandado para casa e recebido alta. Não seria necessária nem a quimioterapia.
Telefonei para ele e queria visitá-lo mas ele se esquivou, dizendo que não podia nem falar nem comer. Estava aguardando uma prótese para fechar um furo no céu da boca e a comida não sair pelo nariz.
Fiquei bastante penalizada, desliguei rapidamente o telefone e prometi ligar outra hora, quando estivesse em melhor situação.
Passado um tempo, soube que andava com muita depressão, sem vontade de comer e falar, trazido rápido para São Paulo, pois morava em Santos.
Talvez terapia em Psiquiatria ou Neurologia. Já nem conhecia mais os familiares.
Espantei-me muito! Como de um problema dentário, ele acaba em Psiquiatria? Achei bastante esquisito isso! E era o meu tio mais brincalhão.
Pedi a um amigo médico, otorrino, que soubesse a verdade sobre seu caso, indicado pela família para ir vê-lo e solucionar o problema da boca. Estávamos muito preocupados!
Qual não foi a surpresa quando descobrimos, através desse amigo, a ficha completa de meu tio ou do seu caso.
Estava nas últimas, com tumores pelo corpo todo e, nada a fazer. Nem a própria esposa sabia disso.
Morreu mesmo, no dia seguinte, inocente, sem saber direito o que tinha! Chegou muito tarde ao hospital!
Ou mentiram para ele quando foi operado da boca, para que não sofresse, mentiram para a própria família, que não sabia direito o que ele tinha, menti eu quando pedi que outra pessoa ligasse ao hospital e soubesse a verdade; houve muita mentira, não sei dizer ao certo se benéfica, ingênua, irresponsável ou maléfica!
Só acho bom que, já que iria morrer, não tenha sabido realmente o que tinha!
Morreu sem saber que estava no fim!
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
AMELIA VIDOCA - poetisa e declamadora
Na terceira idade temos tempo de sobra para muita criatividade artística que poderá brotar, bastar alçar vôo.
A Amélia é nossa associada fundadora, artista, escritora, poetisa, declamadora, compositora, cantora e apresentadora de sarau.
Apresentando Sarau para a Terceira Idade.
Além de tudo ela ainda representa seus personagens literários e interpreta as canções que ela mesma compôs para um CD que acompanhará seu próximo livro infantil.
Amelia participou de várias antologias, e escreveu a A Voz da Alma, um delicioso livro de poesias, cujas ela declama com emoção. Em breve sairá o encantado livro com histórias infantis, com músicas de seus personagens. Ela vem gravando as canções ha mais de 1 ano, e já está em fase de enviar para editoras seus textos. Vamos torcer por ela.
A Deusa da Floresta é uma personagem linda que defende a floresta:
A Deusa da Floresta é uma personagem linda que defende a floresta:
Tem Amelia Vidoca também no site do ICAL: Amelica Vidoca
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