A
HÓSPEDE
M.Luiza de C.Malina
Olhar faiscantemente
rápido. Cabelos negros lisos, uma verdadeira cortina que encobre levemente o rosto.
Esvoaça como a mais leve seda, saboreando o vento.
Tudo isto sem falar do
monumento escultural, vista os olhos masculinos, levando os seus cordões
espermáticos à loucura!
- Uma índia em sua casa?
Era a observação de amigos estupefatos pela beleza do “de repente”.
Nossa! Mais explicações.
A verdade é que ela
realmente marcava presença pela maneira exótica de ser. Roupas nada convencionais. Sem tanga, é claro
– mas, pouco se importava com o que é “o belo” dentro de nossa sociedade cheia
de grifes.
Sem qualquer
“rasteirinha”, ôps, que até mesmo o termo tornou-se uma grife, então digo: -
uma sandaliazinha - seus pés deslizam macios pelo assoalho, como a não tocá-lo.
Realmente, um vislumbre
aos olhos dos desavisados.
O incômodo chegou. A
insistente e numerosa visita dos amigos
da onça. A confusão ao atender ao telefone, e o som da
campainha que não parava de tocar para ela.
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