ALZIRA
e o ANJO DO PERDÃO
Maria Luiza C.Malina
Padre João. Extremamente
carismático, como padre e pessoa, não apenas na realização dos sagrados
ofícios. Irradia sua luz, abrindo o caminho de quem o procura. Estes tipos de depoimentos
eram atribuídos a ele como sendo milagres. No entanto, para ele, eram fatos
corriqueiros.
Sem mais, Pe. João que
goza de excelente saúde em seus belos 38 anos, não acorda numa manhã. Está
morto! A comunidade fica em polvorosa. Ninguém imaginaria tal coisa. Mas foi.
Entre todas as dores e
lamúrias, lá estava Alzira, a rica filha de fazendeiros, que doara uma casa à
paróquia, após a reforma da igreja. Seu casamento seria no dia seguinte. Quando
o Pe. João brincava que não realizaria seu casamento, ela retrucava dizendo
que, caso contrário, não se casaria.
Devido a profunda tristeza
pelo desenlace de um jovem padre, o casamento fora adiado para uma data
indefinida. Rumores correm pela redondeza. Alzira afasta-se da cidade, do
noivo, ou de quem quer que fosse. Sumiu.
O fato real nunca viera à
tona. No entanto, só ela sabia que os anjos do perdão, através da morte
repentina do padre, o pouparam da trama por ela imposta.
Passados cinco anos,
Alzira retorna. Casada com australiano desfila pela cidade com o pequeno de
cinco anos chamado João.
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