O anjo brincalhão
Noêmia Iasz
Susi era o
seu nome, o seu anjo Rafael, um anjo fiel, cumpridor do seu trabalho, guarda 24
horas por dia uma jovem que morava em seu apartamento, 21 ºandar.
Não descuidava um minuto sequer da jovem. Subia e descia pelo elevador, saía para a rua, entrava. Mas, o que ele mais
gostava de fazer, era acompanha-la em parques de diversão, circos, praças onde suas exuberantes asas abriam e fechavam no momento exato de protegê-la.
Sempre que
abria suas asas não deixava de sussurrar: "vamos mocinha, venha vamos correr,
brincar aproveitar pois o dia esta bem propicio para isso".
Neste vai e
vem, a cada dia aumentavam as brincadeiras com Susi, ela nem percebia o porque
que se sentia tão leve e solta.
Era só
alegria, sorrisos! Soltava gargalhadas ao
sentir o vento daquelas asas poderosas sobre si.
O que mais
incomodava Rafael era acompanhá-la com o seu namorado, quando os dois juntinhos
se acariciavam. Isto o incomodava muito, pois como era brincalhão, não se
contentava em ficar somente protegendo quieto e vendo o dia passar sem nada
poder fazer.
Os dias
foram passando, passando, até que um belo dia, Susi já não era mais a mesma moça. Acabaram-se seus
sonhos de correr, brincar, pois agora estava comprometido e não era só a Susi, e
sim já tinha encontrado outro anjo, que não sabia o que era brincar, pois
tinham se decidido a levar sua vida a sério.
E foi assim
que Rafael, aos poucos foi deixando de brincar, mas não deixou de segui-la
sempre, ajudando em todas as vezes que estivesse em apuros, não descartava
muitas vezes de voltar e ser o
lindo e querido anjo brincalhão de outrora.
Soltando a
nossa imaginação e nossa criatividade dá para imaginar como era boa a
convivência deste anjo de proteção na vida da Susi. Dá a impressão de que já ao acordar se via cercada de luz que vinha do
céu juntamente com esse anjo protetor, amigo e muito brincalhão.
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