O
castelo assombrado
Patricia
Iasz
Era
fim de tarde. Anitta e Adolpho estavam de passagem pela cidade. Há poucos dias,
leram no jornal a respeito de um tal castelo assombrado. Curiosos. Foram
averiguar. Mal chegaram na rua Sustódio avistaram o rústico prédio ao centro de
um vasto terreno abandonado. O inicio da noite tornava-o ainda mais envolto em
sombras duvidosas.
O vento do outono,
assoprando forte as copas das árvores centenárias, causava ruídos de estremecer as ideias. Mesmo assim, o casal empolgado, pulou o antigo portão de ferro para uma maior aproximação ao envelhecido prédio de pedras. Abraçados,
sentiam o medo subir a espinha. Minutos depois, estavam eles defronte a uma
porta de madeira alta e arredondada. A maçaneta, em aço enferrujado, estava
endurecida, mas a um esforço insistente , abriu rangendo a ferrugem. Ao abrir
da porta, uma luz enfraquecida, adentrou no imóvel. No final do corredor
formado pela luz, uma escadaria em madeira envelhecida. Pela penumbra podia ser
visto alguns móveis em estilo medieval.
De repente, um grito. Ambos surpresos pensaram em fugir mas,
a vontade de saber o que estava acontecendo parecia um imã a atraí-los para o
interior da residência. Um utensílio caira de algum móvel porém, a escuridão os
impedia de localizá-lo.
Abruptamente a porta se fecha com uma certa violência.
Inseguros e amedrontados, não mais localizavam a saída. Um pio de coruja estava
dando vida ao contexto medonho. Algumas vezes, uma luz forte, piscava na ponta
do corredor no topo da escada.
Estavam realmente inseguros diante de tantos repentinos.
Começaram a acreditar que o castelo era realmente mal assombrado. Passos podiam
ser ouvidos, vindo em suas direções. Quando, inesperadamente, Adolpho sente um
toque em seus ombros e sabia que não eram de Anitta pois ele estava segurando
suas mãos.
O casal apavorado, soltara um grito ensurdecedor. Na
sequencia, uma gargalhada pode ser ouvida. E logo, um silêncio. Parados e
imóveis. Sentiram o coação palpitar ativamente. Com as mãos gélidas, escutaram
uma voz a dizer:
– Jovens, me acompanhem.
Sou o caseiro deste antigo castelo e vivo aqui há anos. Sei que vocês estão perdidos e os
conduzirei de volta ao exterior do castelo. Espero não te-los assustados, é que
a casa está com a luz cortada.
Sem saberem o que responder. Seguiram o homem em segurança
até o jardim externo. Já do lado de fora, felizes e seguros, caminharam
abraçados sob o reflexo prateado da lua cheia que iluminava o asfalto da rua.
Sim, estavam em segurança.
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