Era
noite. O sono chegara. Com ele o sonho que acontecia como um filme de invenções.
No
inicio era uma trilha simples,
coberta por pequenas pedras brancas.
O caminho seguia e logo adiante mudara para um solo de terra batida entre
barrancos com matas virgens. Este caminho desembocava num misterioso mar aberto. Explorado apenas por um distante barco à velas. Ao longe, o barco
parecia enganador. Não revelava se
aproximava-se da areia ou se estava em fuga
ao amplo oceano. No tecido hasteado havia um escrito grande e vistoso: TROVÕES.
Com a força
dos ventos, o barco era empurrado e
conforme tornava-se maior sua evidência, notava-se que se aproximava da praia.
Quanto mais perto, mais grandioso se tornava o lutar com as ondas.
O
pequeno barco articulava manobras
para vencê-las e parecia implorar o
direito de chegada à solo firme. Porém, a resistência voraz das fortes ondas
pareciam dizer-lhe: NUNCA.
As
ondas gananciosas, cheias de amargor, desejavam vingança de algo que nem
elas mesmas sabiam interpretar.
O
barco, ao solavanco e resistência,
seguia firme seu objetivo. Jamais dera as costas
aos sussurros de ameaças de morte
das águas inquietas, pois sabia dos bens que em sí existiam .
De
repente notou-se o formar de um imenso buraco,
macabra imagem em silhueta de fogo refletida por um sol de
medo ... quando o telefone da casa
tocou.
Os
olhos miraram com susto a cortina do
quarto. Esta balançava com o vento que passava pela fresta da janela aberta.
Neste
instante, apertou entre os dedos o anel de casada
e avistou que ao lado o marido tranquilo dormia.
(Texto sugerido: Texto feito à partir do exercício: história de palavras soltas - barco, misteriosa, pedras, trilha, noite, sono, trovões, articulação, empurrado, fuga, costas, morte, cortinas, telefone, buraco, bens, solavanco, enganador, amargor, ganancioso, silhueta, macabra, escrito, nunca, casado, implorar)
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