BLOG NOVO: CONTOS DO ICAL


quinta-feira, 1 de maio de 2014

Na literatura, os anjos são vários, mas são todos humanos

Livros

Na literatura, os anjos são vários, mas são todos humanos

Maria Carolina Maia
Os livros sobre anjos não são iguais. Em alguns, eles são melhores do que em outros – aqueles em que são caídos e enfrentam dilemas éticos e existenciais. Em algumas histórias, eles vivem aventuras cheias de ação e suspense. Em outras, vêm à terra conhecer ou ajudar pessoas e acabam se apaixonando. Se há algo em comum entre eles, além das asas, é com certeza o caráter humano que carregam em todas as páginas. “A febre de anjos na literatura se manifesta em livros diferentes, mas com um elemento em comum: a tendência a apresentá-los como criaturas mais próximas do ser humano do que da visão arquetípica do anjo da guarda”, diz Roberto Feih, diretor-presidente da editora Objetiva, que lançou no país, em outubro, Angeologia (456 páginas, 49,90 reais), romance construído sobre antigos mitos em que anjos são capazes de ter sexualidade e realizar atos cruéis. Para Feith, é justamente essa forma de tratar os seres de asas que faz deles personagens atraentes aos leitores. E que os transforma em best-sellers.

Confira, abaixo, alguns dos livros que alimentam o boom dos anjos no mercado editorial.

Halo, capa

Halo, de Alexandra Adornetto
Série sobre três anjos que vêm à terra disfarçados de três irmãos órfãos: Gabriel, Ivy e Bethany (Beth), que é a narradora da história. Adolescente, ela passa a frequentar a escola onde Gabriel dá aula – Ivy irá trabalhar numa instituição de caridade. Lá, faz amigos e chega a tomar um porre, além de descobrir sentimentos humanos como o amor. Inexperiente, passa a se perguntar como pode se apaixonar por um mero sorriso – no caso, o do estudante Xavier, o capitão do time de futebol, que já enterrou uma namorada. Os dois vão viver um romance no estilo virginal de Sthepenie Meyer – os anjos não fazem sexo, embora sintam desejo.


Fallen, capa
Fallen, de Lauren Kate
Saga sobre Lucinda (Luce), uma garota de 17 anos que se apaixona por Daniel Grigori, um anjo caído do céu – daí o título, que em inglês significa “caído”. Luce conhece Daniel no reformatório Sword & Cross, aonde aporta após a morte do namorado em um incêndio envolto por mistérios. A atração é recíproca, mas uma série de acontecimentos, incluindo a morte da adolescente, vai obstaculizar a relação. Que, na realidade, já vem enfrentando desafios há milhares de anos: Luce e Daniel são amantes que se encontram e se desencontram vida após vida. Romantismo puro.


Sussurro, capa do livro

Hush Hush, de Becca Fitzpatrick
Nora Grey, uma bem comportada estudante do ensino médio, se encanta pelo bad boy da escola, Patch Cipriano, que parece ter poderes mágicos: ele desponta em toda parte por onde ela passa e sabe tudo a seu respeito. Não é mágica, claro. Ele é um anjo caído que irá envolvê-la não apenas em um romance, mas também na luta eterna dos anjos versus nefilins, seres imortais nascidos da relação entre anjos e humanos. E que irá obrigá-la a uma difícil decisão, capaz de colocar em risco a sua vida.


Tempo dos Anjos, capa


Tempo dos Anjos, de Anne Rice
Estreia da consagrada autora de Entrevista com o Vampiro no campo dos anjos, o romance, primeiro de uma trilogia, conta a história de Toby O'Dare, um assassino de aluguel que recebe a visita de um anjo e, com ela, a oportunidade de se redimir de seus pecados. O'Dare é enviado à Inglaterra do século XIII com a tarefa de ajudar um casal de judeus acusado de matar a própria filha. A partir daí, se desenrola uma trama de suspense marcada por reflexões na linha da literatura angelical, em que bem e mal se opõem e se enfrentam e fé e razão convivem num embate.



Beijada por um Anjo, capa



Beijada por um Anjo, de Elizabeth Chandler
Embora também permeada por um romantismo das antigas, a saga tem sexo – mas um sexo feito por amor, não ditado pelo desejo carnal. Ivy e Tristan se conhecem na escola, ele é o popular do colégio e ela é a garota nova do pedaço. Campeão de natação, ele a ajuda a superar o medo que sente da água, por conta de um trauma da infância – quando criança, ela se afogou e foi salva, acredita, por um anjo. A fé de Ivy em anjos, no entanto, esmorece quando Tristan morre, porque ela pede ajuda para salvá-lo e não é atendida. Já ele, que não acreditava em anjos, se torna um. 


(texto extraído na íntegra, do site da Editora Abril: REVISTA VEJA )

Nenhum comentário: