A
trilha
Jany Patricio
Ao
entrar naquela caverna, vimos o raio de sol refletindo na água azul.
Ah!
Quantos tropeços e obstáculos tivemos que enfrentar para chegar até ali. O sol
escaldante sobre nossas cabeças. Horas e horas monótonas.
Céu azul, sem uma
nuvem sequer. Suor. Nossas pernas ameaçando fraquejar.
- Adelante! - Aquela voz impiedosa, por todo o caminho!
Pedras enormes e escorregadias.
- Me
dê a mão!
- Eu
te seguro! Vamos! Força!
- Vou
te puxar! Vai! Agora!
Transpondo
as pedras do caminho, seguíamos. Por momentos, calados.
Aquela
beleza verdejante parecia penetrar em nossas veias.
Envoltos
apenas pelos sons dos pássaros, pequenos riachos e de uma brisa suave que, por
vezes, nos acariciava a pele.
O
caminho era sinuoso. Por horas, matas quase impenetráveis, por outras, trilhas,
sem sombra alguma para nos proteger.
Borboletas
riam do nosso desalento. Ou será que tentavam nos alegrar?
Cheguei
a pensar: - Meu Deus! O que faço aqui?
-
Adelante! - ouvia.
- Uma
serpente! - Disse alguém.
- Não a matem, não fará mal! - ela foi embora, mas
deixou um pergaminho. - É um mapa, para seguirmos adiante - disse o guia
brasileiro. Pois naquele momento, estávamos perdidos.
Mas,
todos tínhamos uma certeza: estávamos tentando chegar lá! Na gruta de diamantes
azuis! De onde ninguém jamais voltou, sem ouvir dentro de si: qual é o segredo
da vida!
E mais
ricos do que se fôssemos donos de todos os brilhantes do planeta, da galáxia,
do universo, estaríamos ao alcançarmos a
nossa meta, o nosso sonho: de penetrar a gruta de diamantes azuis!
Finalmente!
Será que todos chegaram? Não, muitos ainda estão por vir.
- A
beleza é estonteante!!.- disse alguém.
- E
agora, o que faremos? Perguntamos todos.
- Ahora tú eres tu propio guía.
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