Nunca é tarde para ser feliz
Autor: Jorge da Paixão
Era uma vez uma flor-de-lis que
morava em um matagal lá na beira da estrada.
Ela vivia muito triste, porque era
desprezada maltratada e humilhada. As pessoas
que passavam pelo acostamento, lhe
cuspiam e até lhe escarravam. Os cachorros faziam xixi em cima dela.
Do outro lado da estrada tinha um
jardim maravilhoso, cheio de flores perfumadas:
rosas vermelhas, amarelas, brancas, e também violeta, dália, jasmim, margarida
lírio
etc. Quando o Sol despontava no
horizonte era um verdadeiro festival naquela luxuoso
jardim. Um sedutor beija-flor aparecia beijando todas
as flores com carinho e alegria,
que até o jardineiro ficava com
ciúme. Os passarinhos em alvissaras cantavam lindas
melodias. Lindas flores se abrindo
perfumando o ambiente, era um verdadeiro paraíso...
A pobre da flor-de lis abandonada,
assistia a tudo sem poder se manifestar.
O beija-flor quando passava nem para
ela olhava, era uma verdadeira humilhação !
A coitada da flor-de-lis só tinha uma
amiga que quando passava para ir para o labor,
parava um pouco e conversava com ela,
era uma formiguinha que lhe contava as
novidades do formigueiro e as
violências praticadas pelo tamanduá, um verdadeiro
absurdo... Mas, lhe confortava com
palavras dóceis de esperanças.
Um certo dia numa manhã de primavera,
um poeta que passava se dirigindo ao
jardim para conversar com as flores,
olhou para o matagal e se encantou com a beleza
daquela flor-de-lis abandonada pelo
destino: imediatamente ele se apaixonou e do
matagal lhe arrancou e levando para
seu lar, em um jarro á colocou, aonde feliz ela ficou sorrindo para ele...
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