Vento
d´alma
Cida
Bianchini
Casa grande da fazenda, fevereiro meio dia,
Vento forte, vento norte, venta vento,
ventania...
Desenterra o segredo escondido, às sombras das
laranjeiras...
Traz de volta àquelas tardes, sol beijando as
cerejeiras!
Leva-me em disparada, num saudoso abraço com Chiara.
No losango da calçada, em gostosas
gargalhadas...
Quero ouvir de novo as piadas, de tão sem graça,
engraçadas.
Os castelos perdidos no ar, voando em bolhas de sabão.
Ah! Meu Deus, como era bom!
Hoje tão perto, e tão distante!Continuo movida de
esperança
Subindo ladeiras de sacrifícios, descendo
ladeiras de desencantos.
Escondida em qualquer canto, no tom maior do meu
canto!
Avenida em festa, o perna de pau me corteja,
e o palhaço engraçado, desce em risco a tirolesa.
Sentada na calçada, entre lagrimas e risos,
esboço minha tristeza.
Beijo a lua e ela chora. Abandono-me na saudade,
liberto meu ego,
Quebro os grilhões do passado, do amor cego, mas
nobre,
De um tempo tão rico, para voltar a um presente,
tão pobre...
Um comentário:
Que beleza Cida! realmente, é um orgulho ser sua colega como escritora! está lindo, muito criativo. parabéns! beijos, Dinah.
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