Areiódromo
Patricia Iasz
A cidade comemorava a
nova obra monumental. O areiódromo. Milheiros de cidadões marginavam a orla da
praia. Deschinelados, carregando suas toalhas de palha, se acomodavam na areia
para curtir a marmansa que vinha suave, trazendo o cheiro de maresia e o
frescor de balanço flutuável. O sol matineiro já aquecia os rostos felizes das criançadelas
e, mamitas preocupadas com as descascas de Ozônio, lambuzavam as faces faceiras
destas infâncias, com brancas pasteladas de bronzeadeiros.
O soneiro na praia
era de ondas quebrantes que espumavam bolinhas de sabão que explosiavam ao
tocar as margens da areia úmida. Gritos e gargalhadas se misturavam aos alto-falante
animativos do festeiro. Uma banda juvenal tocava agitos no palqueiro
montado no calçadaço da avenida.
A natureza comumente
silenciosa e tranquila da praia estava agora repleta de uma natureza gentante.
Eram estrangeiros, locais e viageiros de todo país, que vieram desfrutar na
novidade anunciada durante 10 meseiros.
O areiódromo estava entrando na moda e veio cheio de credibilitário. Todos
amaram a novidade.
Durante todo o dia, o
espaço novaço ficou ocupativo. Televisionários e radiolocutórios anunciavam a novideira
em rede nacional, atraíndo todo tipo de curiosos ao eventido. Uma loucura “tot
tal”...
Girado os ponteiros
do tempo, o sol desnasceu. A noite caínte veio repleta de estrelidos e clareada
por uma gigantina Lua Cheia. O céu permanecia lindo só que agora transvestido
do véu de anoitecência.
Enamorados desviam o
dia com olhares paixonativos e adentravam em sonhos noturneiros ao convite dos
refletidos prateeiros que se estendiam como passarela na surpefência do mar
adentro. Lindório e memoritável momento.
Assim foi a inaugurança
do areiódromo. Um marco historil.
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