LENDAS DO DESCOBRIMENTO: “ATO DE DESCOBRIR”, “DAR A
CONHECER”, “TIRAR A COBERTURA”, “ACHAR”, “DESTAPAR”.
Dinah Ribeiro de Amorim
Em muitos povos indígenas existentes no
Brasil, o sol, chamado Guaraci e a lua, Jaci, eram desconsiderados astros, mas
deuses. Que, quando zangados, não apareciam, deixando o dia escuro e cinzento,
cheio de nuvens carregadas causando chuvas e trovoadas e, noites sombrias, de
barulhos estranhos, sem estrelas. Ficavam, então, nas suas choças de palha,
escondidos, medrosos, até a fúria dos deuses passar.
Com a vinda dos portugueses, nossos primeiros
colonizadores, vieram padres jesuítas com a finalidade de catequizar e ensinar
os índios, sendo também um objetivo dos reis de Portugal a instituição da
Igreja Católica Apostólica Romana no país recém-descoberto.
Algumas tribos mais adiantadas, compreenderam
e aceitaram as modificações de suas lendas e costumes, mas outras, mais
selvagens, não aceitaram os brancos, fazendo-os causadores e fortificadores de
suas lendas. Chegavam a matá-los quando se aproximavam de suas tribos,
acreditando também que adquiririam as suas forças!
Se houvesse chuva, tempestade, raio ou
trovão, Tupã, o maior deus deles, estava muito irado e afastava logo Guaraci e
Jaci, sinal de branco inimigo por perto!
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