Do
passeio ao inteiro
Patricia
Iasz
À
sós. Olhar penetrante e convidativo. Despercebiam o trajeto por onde seguiam. É
que na verdade, caminhavam por sonhos intimamente conexos. Paulo e Bela. Uma
tarde e um pic-nic.
A chama ardente que acabara de acender entre os dois era o
sinal de viva sintonia. A mais certeira das intensões que os envolviam neste
instante. Refletiam a felicidade, buscavam a cumplicidade no vastos movimento
dos gestos. Hora pausa, hora afago.
Nada era impróprio no instante da permissão. União e
entrelaços. Passo a passo. Mão a mão. A questão mais propricia era a voz do
coração. Um diálogo oculto por toques de antemão.
A tarde envolvia um cenário. Um romance em expressão. Face a
face, corpo a corpo. Um pulsar, um coração.
A razão então se perdera. Se embriagara com chamas acesas.
Aos poucos e tão suaves, se tornava labaredas. Os motivos tão concretos e tão
discretos. Dividiam intensões. Um a um convidativo, tempo a tempo construções.
Ele esperto, ela simples. Ela leve, ele em peso. Um caminho
tão certeiro que completa soluções. O tocar de corpo inteiro, envolvendo
sensações. Ele sem modos, ela a seu modo. Com medos destemidos de encontros
intencionais. Racionais. O coração não pensou, no interválo do desejo que de tão lúcido buscou o expressar
de corpo inteiro. O amor tem muitas faces, cada um fornece a sua. Sem receio e
sem disfarces!
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