POESIA
A UM MENINO AFRICANO
(à
vista de uma gravura)
Dinah
Ribeiro de Amorim
Olhar
temeroso, escondido
Atrás
das pedras revelado
Refugia-se
do mal enfurecido
Nas
suas terras instalado.
Fogem
as crianças africanas
Pelas
campinas e savanas
Levadas
tão cedo pelo exército
Preocupado
em transformá-las sem mérito.
Para
a guerra são preparadas
Cedo
deixando suas mães
Abandonando,
da infância a inocência
Instruídos
a matar com afã.
Escondem-se
em grutas e pântanos
Às
vezes voltam pra casa
Quando
são pegos, aos prantos,
Deixando
famílias em desgraça.
Pobres
crianças africanas
Que
não pediram para nascer
Vieram
ao nosso mundo
Para
sofrer ou morrer!
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