BLOG NOVO: CONTOS DO ICAL


terça-feira, 30 de março de 2010

CONTO NORDESTINO - MJPSousa



CONTO NORDESTINO
MPJSouza

Era uma vez um sítio no aconchego das Alagoas.
O pássaro elevou-se em languidos círculos na corrente de ar quente. Sua sombra deslizando sob o sol da tarde, ao longo das paredes incandescente dos morros. De vez em quando imitava um chamado, e o som ecoava como um lamento. Um homem e dois meninos avançavam com dificuldade pela trilha que serpenteava o lado do leito seco de um riacho. Seguiam de cabeça baixa, os rostos untados de suor e poeira. O caminho era escarpado e avançavam de forma lenta e penosa com sacos nas costas. Assemelhando-se a peregrinos que haviam perdido tanto a rota como a fé; ou pobres refugiados de uma atrocidade distante, despidos de tudo, menos da tristeza e autopiedade.

Joaquim voltava da vila com os filhos, trazendo comida parca para seu sustento. A mulher ficou no rancho esperando por eles.

Agripina era nervosa, vez por outra ficava internada na casa de misericórdia lá na vila. Era a segunda mulher de Joaquim. A primeira morreu logo depois do nascimento do Solidônio, o segundo filho. Ela o teve ali no rancho sem higiene, cuidados, com uma preta velha que dizia ser parteira. Era uma santa mulher, mas Agripina uma louca, que batia nos meninos e não permitia que Joaquim se interferisse, senão apanhava também. Era magra como uma taquara. Joaquim falava para os filhos terem paciência que tudo se arranjaria no final. Enquanto isso os dias e anos passavam.

Numa tarde, enquanto as brasas de uma fogueira brilhavam num circulo de pedras sujas de cinza, apareceu por lá um matuto bem apanhado, de fala mansa, tocador de viola, com voz altaneira e quando ria aparecia o dente de ouro. Agripina começou arrastar asa para o matuto cantador. Limpava melhor o rancho, estava mais sorridente e procurava incrementar, na medida do possível a bóia. Joaquim e os filhos viam tudo, mas ficavam na deles.

O matuto de dente de ouro já estava no rancho há uma semana. Ajudava Joaquim e as crianças com a plantação e uma vaca que lhes dava o leite, mas o que gostava mesmo era de cantar. Uma bela manhã de sol enchendo o ar de uma luz dourada na qual, cada detalhe era claro e nada era ofuscante e os rostos pálidos e magros se levantando para começar o dia. Joaquim se levantou, passou uma água no rosto e chamou pela mulher. Foi até o curral, não a encontrou. Em cima da mesa da cozinha, numa folha de papel encardido e amarfanhado estava escrito: Adeus Joaquim, vou viver a vida. Os meninos rodeando o pai queriam saber o que estava escrito! Agripina nos deixou. Um olhou para o outro e se abraçando disseram: Que sejam felizes para sempre.


BAILE DE MÁSCARAS - MJPSousa



BAILE DE MÁSCARA
MJPSouza

Ah! Aquele baile de máscaras não consigo esquecer.

O Teatro Municipal engalanado, muita luz, musica envolvente, gente bonita e elegante usando ricas fantasias, alegres e exteriormente felizes. Os homens, quando longe de suas damas sofisticadas e desinibidas, lançavam sorrisos convidativos.

Foi em uma roda de rapazes conversando e rindo que vi Alex.

Havia tirado a máscara com matizes de azul e flores em um dos lados, quando meus olhos se cruzaram com os dele que também estava sem máscara. Foi uma atração que até hoje, cinco anos já se passaram, tento entender. Senti como uma força me impelindo para ele. Não o conhecia, estaria hipnotizada ou coisa assim? Ele também se dirigiu a mim. Bem perto um do outro nossas mãos e olhos se juntaram e um suave beijo surgiu. Hoje quando me ponho a lembrar não acredito no meu comportamento. Sempre fui recatada, muitos pensavam que seria freira.



Dançamos toda a noite. Musica e suaves carinhos nos embalavam. O dia estava começando quando saímos do baile.

Ele quis me acompanhar, agradeci. Trocamos um apaixonado beijo, e entrei – me no carro. Ainda estava inebriada de amor. Fui para casa. Não trocamos números de telefone ou endereços. Este baile foi o princípio e também o fim de uma louca paixão.

Hoje, andando pelas ruas e festas, tenho a esperança de encontrá-lo. Ainda sinto uma dor profunda ao recordar-me de Alex. Às vezes penso que foi um sonho, mas a realidade se faz presente quando vejo no jornal e revistas, da época, os comentários e fotos do grande baile de máscaras. Só, em meu. quarto me pego cariciando a linda máscara que guardo com carinho todos estes anos.

domingo, 28 de março de 2010

INCENDIO COLOSSAL - Dinah Choichit


"INCENDIO COLOSSAL"
DINAH CHOICHIT

Na Avenida que estavamos passando de repente uma fagulha se espalhou no ar e veio o fogo incondicionalmente. Que correria ! Cada qual coreuu para um lado. Eu fiquei parada vendo em que era possivel a ajudar naquela hora. Fui socorrer uma mãe que com o susto perdeu o filho de vista. O menino chorava e não saia do lugar. Peguei sua mão, afaguei a sua cabeçinha e saimos a procura dela. Que tristeza que desolação!






Uai cumadre

Você também foi cunvidado

Por um tar de Sergio e Luciana?

Falarum que primeiro e o Lai-Hai – Lai-Hai ?

Acumpanhado de uma tar de Banda Artific.

Que banda será essa?

Será que veio das Américas?

Acho que não. É mesmo destas bandas daqui.

Você leu tudo que estava iscrito?

Pediram um pratu de doce ou di sargado

Veja só

Cunvida e depois não quer paga.

Na minha terra não tem disso não.

Hoje os tempos estão mudado,

Mas o que se pode fazer?

Eu vou., porque disseram que lá tem uma reza

De nome Shikiri que resorve quarquer assunto.

È so falar com Mestre Tanida

E oce sai leve como uma pena.

A primeira coisa que ele diz e:

ISTO È FACIL!

Oce sente a força

Se Anima e

Começa a ter uma vida nova.

VAMUS LÁ CUMADRE !


FAZ DE CONTA - Dinah Choichit


FAZ DE CONTA
DINAH CHOICHIT


Era uma vez..............


Há uns mil anos, lá na floresta ,no reino de faz de conta morava uma linda menina com seu pai , a madastra e dois irmãos.

Ela era a mais velha deles e tinha somente 15 anos. Gostava muito de andar sozinha pela floresta. As vezes, saia cedo e só voltava perto da hora do almoço. Todos ficavam muito preocupados, mas a menina sempre voltava muito contente e contando historias muito estranhas. Conversava sempre com a madastra de quem ela tinha um medo danado,  mas sempre estavam juntas. A madastra ensinava muitas coisas para a menina. Faziam chá de diversas ervas para espantar os mosquitos e também faziam chás para que a menina crescesse forte, bonita e encontrasse um príncipe encantado para casar e leva-la para a cidade.

Perto da casa dela tinha também uma família que tinha uma rapaz de 18 anos e duas irmãs mais novas. Ele trabalhava muito, eram muito pobres.Ele ia sempre  à cidade vender suas verduras e legumes. Às vezes, se encontrava com sua vizinha e conversavam, dizia que um dia ficaria rico e se casaria com ela. Ela gostava dele, mas achava impossível se casarem.

Acontece que no reino de faz de contas tinha uma rainha que não tinha filhos, mas gostava de ajudar muito as pessoas. Ela também gostava de passear pela floresta. Cantava, dava de comer para os passarinhos e sempre que encontrava alguém gostava de conversar e saber no que poderia ajudar. O seu reino era muito grande e ela não conhecia todo mundo. Um dia encontrou o rapaz e perguntou onde ia e porque não o conhecia.

Ele lhe disse que morava longe e que somente vinha a cidade para vender suas verduras para ajudar a família. Ela lhe perguntou se não estudava.

Não disse ele, não tenho tempo e nem dinheiro para os estudos. A rainha fez mais algumas perguntas e viu que ele era uma ótima pessoa e que ela gostaria de ajuda-lo.

Falou que iria até a sua casa e falaria com os pais, para que ele pudesse ir morar lá no palácio, trabalharia e estudaria e que com o dinheiro do trabalho poderia mandar para os pais. Se ele gostaria de ir.

Se os pais deixarem eu vou. Quero estudar e ser uma pessoa de respeito,porque tenho uma amiga ,lá no lugarejo onde moro e quando ela estiver com 18 anos quero casar com ela.

A rainha marcou no dia seguinte para a visita. Ele ficou muito feliz e foi logo procurar a menina para contar a novidade. Ela ficou encantada com a notícia e falou que esperaria a volta dele.

Passaram-se os anos e o rapaz lindo e forte voltou para buscar a sua amada.


sábado, 27 de março de 2010

ROMANTISMO - Sheila Barbosa

ROMANTISMO
SHEILA BARBOSA

Cidade do Porto - Portugal

Ao entardecer na cidade do Porto, quando as luzes começaram a acender, Cláudia se arrumou para um compromisso que havia marcado com Nelson no restaurante Beira Mar.

Restaurante aconchegante, tradicional pelo romantismo, pois servia jantares à luz de velas. Ao chegar, Nelson já a esperava todo ansioso para o encontro, afinal havia comprado um lindo anel e esperava pedi-la em casamento.

O jantar foi como ele imaginou tudo regado à champagne. Ao final, no momento certo ele fez o pedido de joelhos, olhando nos olhos de Cláudia, a qual meio inebriada pela noite maravilhosa que lhe foi proporcionada, olhou para Nelson e carinhosamente disse NÃO!


SONHO OU REALIDADE - Sheila Barbosa

SONHO OU REALIDADE?
SHEILA BARBOSA

Madalena era uma moça pacata, que vivia do trabalho para casa  e de casa para o trabalho.



Certa vez, ao deixar o trabalho por volta das seis e meia da tarde, quando o sol já se retirava e a lua já aparecia no céu, notou que uma pessoa do outro lado da rua a olhava.



Como fazia normalmente, foi caminhando até sua casa que ficava a poucos quarteirões dali.



Geralmente o trajeto era tranqüilo e ela aproveitava para desfrutar da paisagem , pois a cidade era a beira mar e gostava de ouvir o movimento das ondas.



No percurso sentiu ainda  olhada, mas não teve coragem de virar-se,  então  acelerou os passos.



Logo estava à porta de sua casa, desta vez sentiu a presença mais perto, quando então abriu a porta,  entrando se trancou e foi dormir.



Hoje, Madalena não sabe dizer se o que viveu foi real ou se imaginou uma perseguição.

CURIOSIDADES: GRANDES ROUBOS DE OBRAS DE ARTE NO MUNDO



CURIOSIDADES - GRANDES ROUBOS DE OBRAS DE ARTE NO MUNDO





Reino Unido: Agosto de 1961

Wrightsman, o petro-milionário americano colecionador de arte, comprou o 'Retrato do Duque de Wellington' de Goya por $392,000 em 1961 e planejava levá-lo para fora do Reino Unido. Tal foi o ultraje gerado na opinião pública que o governo conseguiu angariar a soma necessária para comprá-lo de volta. Menos de três semanas depois de ser triunfalmente pendurado nas paredes da National Gallery, a obra foi roubada. O bandido demandou um resgate da mesma quantia paga pela obra e disse que daria o dinheiro para caridade. Não houve reposta - a não ser que você considere as cenas em que James Bond ( então interpretado por Sean Connery ) localizou a obra pendurada na parede do Doutor No.





O flagelo de Cristo
Obra de Piero della Francesca


A Madonna de Senigallia
Obra de Piero della Francesca


Itália: Fevereiro de 1975



Itãlia, o berço da arte, também tem sido o lar dos ladrões de arte. Quando dois quadros de Piero della Francesca, ' O Flagelo de Cristo ' e ' A Madonna de Senigallia ' e um Rafael, ' O Mudo ' , foram cortados de suas molduras e roubados do Palácio Ducal em Urbino esse foi descrito como ' o crime de arte do século ' . Essa frase iria mostrar que tem pernas. O crime foi totalmente motivado pelo lucro. Foi cometido por criminosos locais que planejavam vender as obras no mercado internacional e que não seriam os últimos a descobrir que figuras super-reproduzidas não têm liquidez nenhuma. As pinturas foram recuperadas sem dano algum em Locarno, Suíça, em março de 1976.


 



As banhistas de Pierre AugusteRenoir



Impressões do Sol Nascente - Monet


França: Novembro de 1985



O roubo de nove pinturas, incluindo ' As Banhistas ' de Renoir e ' Impressões. Sol Nascente ', de Monet, que dera nome ao impressionismo, do Museu Marmottan em Paris aconteceu em um Domingo. A polícia primeiramente pensou que o grupo extremista Ação Direta tivesse cometido o crime. Mas várias pinturas que haviam sido roubadas de um museu em uma província francesa no começo de 1984 haviam sido recuperadas no Japão após uma dica dada por um receptador que era informante da polícia. As pinturas - incluindo alguns Corot - estavam nas mãos de Shuinichi Fukikuna, um conhecido gangster. Ele estava por trás do roubo no Marmottan, também. E, aliás, ele havia divulgado um catálogo de nove das pinturas prestes a serem roubadas. A legislação japonesa, não muito extensiva sobre crimes de arte, era notória, e rumores de que a máfia japonesa, conhecida como Yakuza, havia penetrado no mundo da arte começavam a surgir. A verdade era menos grandiosa. Fujikuma tinha sido preso na França com 7,8 quilos de heroína em 1978. Enquanto cumpria sua pena de 5 anos ele conheceu Phillipe Jamin e Youssef Khimoun, membros do sindicato dos ladrões de arte. Eles arrumaram o emprego paara ele. Mas as obras foram recuperadas em 1991, na Córsega. Elas eram demais, mesmo para o Japão.




Museu Nacional de Antropologia do México

México: Dezembro de 1985



Era véspera de natal e os oito guardas do Museu Nacional da Cidade do México não estavam alertas. Nem ajudou muito o fato de o sistema de alarme não estar funcionando desde que havia entrado em colapso, três anos antes. Foram os guardas do turno seguinte, que tomaram os postos às 08h00 da manhã, que descobriram que lâminas de vidro haviam sido retiradas de 7 mostruários. Os 140 objetos que foram levados incluíam peças em jade e ouro das culturas Maya, Asteca, Zapoteca e Mizteca. O curador, Felipe Solis, estimou que uma peça apenas - um vaso com o formato de um macaco - valeria algo em torno de $20 milhões no mercado negro, se um comprador pudesse ser encontrado. A maioria das peças tinha uma polegada se tanto de altura. O lote inteiro poderia ser confortavelmente acondicionado em duas maletas. Esse ainda é considerado como o maior roubo de objetos preciosos do mundo. As lições são poucas, mas óbvias. Museus nacionais, especiamente no terceiro mundo, muitas vezes têm uma segurança terrivelmente inadequada aos seus acervos. E nem todos em um feriado estão por aí festejando.
 

DISSIMULAÇÃO - Sheila Barbosa

DISSIMULAÇÃO
SHEILA BARBOSA


Elizabeth é uma mulher fina e elegante. Frequenta o high society de Miami, cidade onde mora. Dona de uma beleza louca gosta sempre de estar na mídia.

No mês passado Elizabeth fez um cruzeiro de uma semana de Miami até a América do Sul. Adorou o passeio, apesar de algumas vezes ter sentido forte enjôo e achar que colocaria as tripas para fora, contudo, todo o resto estava ótimo.

Aliás, nesta excursão sentiu que perdeu a oportunidade de ficar com o comandante, apesar de vários flertes entre ambos. Mas havia uma longa escadaria impiedosa que impedia-lhes o beijo, e nos raros momentos de folga do capitão, estava tão abstraída em seus devaneios que não percebia que o olhar trovejante de seu paquera a despia em sua imaginação.

Dois dias depois de ter voltado Elizabeth fez uma nova viagem na mesma embarcação e hospedou-se na mesma cabine em que ficou anteriormente. Só que desta vez o turismo limitou-se a Costa da Flórida e durou apenas quatro dias.

Porém, algo intrigante aconteceu, ela voltou trezentos milhões de dólares mais rica. O que se passou? Não é difícil descobrir se analisarmos os roteiros de suas viagens.

Na verdade, Elizabeth é contrabandista de obra de arte e ela sabe que quando se retorna da visita a outros países há a necessidade de passar pela alfândega. Assim usando sua astúcia ela escondeu as obras na cabine no primeiro cruzeiro e na segunda vez em que lá esteve, como o navio não saiu do país, não teve que passar pela fiscalização e pôde tranquilamente retirar o produto ilícito que trouxera da viagem anterior.

Lavrador de café
Candido Portinari

O Lavrador de Café é uma obra de Cândido Portinari. Atualmente, pertence ao acervo do MASP[1]. É uma pintura a óleo sobre tela 100 x 81 cm, datada de 1939.
Há muitos casos de roubos de obras de arte. Esta tela por exemplo foi produto de roubo
O quadro foi roubado em 2007, juntamente com outra obra de Picasso, e recuperado pela Polícia Civil do Estado de São Paulo, dezenove dias depois. Os quadros estavam em Ferraz de Vasconcelos, e foram devolvidos ao museu posteriormente.

FLOR DO MANDACARU - Sheila Barbosa



FLOR DO MANDACARU
(Sheila - título proviosório))

Severino Olegário morava com sua família no Rancho Sabiá, localizado no distrito de Vila Sipaúba, cidade de Bodocó, Pernambuco, casado com Josefa Marinalva, com quem teve duas filhas Maria e Joana.

Antes de conhecer Josefa, ele trabalhava como cortador de cana em uma fazenda situada no distrito vizinho de Vila Feitoria. Ela mulher de fibra, honesta e batalhadora, filha de trabalhadores do campo, bonita e de personalidade marcante, conquistou Severino que com ela quis constituir uma família.

Ao unir-se em matrimônio decidiu que não trabalharia para mais ninguém. Não queria continuar trabalhando para enriquecer ainda mais o rico.

Após o enlace, moraram por algum tempo na casa dos pais dela, Seu Juarez e Dona Marta, até Severino comprarem um rancho onde fariam lar. Definiu então como objetivo de vida ser agricultor.

E diante da sua realidade, pensou então em usar isso a seu favor. Josefa ao ouvir as idéias do marido ficou com receio, mas logo aderiu.

Com essa idéia fixa iniciou sua labuta procurando terra para arrendar. E por incrível que pareça o mais difícil para ele não eram os valores que os proprietários pediam pelas terras, mas encontrar uma que fosse produtiva, pois em meio àquelas terras secas do nordeste, se conseguisse encontrar boa terra venderia até a alma para comprá-la.

No entanto, entre a vegetação típica do Sertão nordestino, a caatinga, existem diversos tipos de plantas, sendo uma delas o mandacaru, um tipo de cacto, que pode ser considerado como um reservatório natural de água. O mandacaru também é resistente à seca, mesmo das mais fortes.

A atividade econômica predominante da região é a pecuária, mas não queriam cuidar de bichos. No rancho havia grande quantidade de mandacaru que também é muito utilizado para a alimentação de gado, principalmente na época de estiagem. Iniciaram assim seu próprio negócio fazendo ração para gado a partir do mandacaru.

Logo vieram as gêmeas Maria e Joana, alegrias da casa. Meninas espertas, curiosas e muito inteligentes. Quando cresceram passaram a ajudar os pais no plantio do mandacaru, mas sem abandonarem os estudos, disso Severino e Josefa não abriram mão, pois embora os negócios estivessem indo de bom para melhor, continuava sendo roça.

Maria e Joana adoravam ver as flores do mandacaru brancas, muito bonitas e medem aproximadamente trinta centímetros de comprimento. Os botões das flores geralmente apareciam no meio da primavera e cada flor durava apenas um período noturno, ou seja, desabrochavam ao anoitecer e ao amanhecer já começavam a murchar, por isso para verem a flor tinham que permanecer acordadas noite adentro.

Mas sempre valia a pena, pois cada vez que isso ocorria era a manifestação de Deus na terra. E assim foram levando suas vidas, sempre unidos em qualquer situação.

Mandacaru

ERA UMA VEZ... - Sheila Barbosa


 ERA UMA VEZ...
Sheila Barbosa

Era uma vez, uma linda rainha que se chamava Noely. Ela vivia em um castelo rodeado por um bosque, o qual havia um grande lago azul. Neste bosque morava Amadeu, um homem bom que tinha amor pela natureza e por música.

Amadeu tocava flauta e compunha várias melodias que sempre agradava quem as ouvia. Ele ficou viúvo muito cedo e com uma filha pequena para criar, e pensando no bem desta menininha, casou-se pela segunda vez na intenção de lhe dar uma mãe.

Mas, logo depois do casamento, Amadeu descobriu que Melissa, sua nova esposa, era louca e por diversas vezes a flagrou maltratando sua pequena e indefesa filha, transformando-se um uma madrasta má.

Para esquecer sua infelicidade, Amadeu ia todos os dias ao entardecer no lago azul do bosque para tocar sua flauta, pois quando tocava entrava em outro mundo, um lugar em que todos eram felizes.

A música que tocava chegava ao outro lado do bosque, onde estava o castelo e sua rainha. Assim, toda tarde ela sabia que ouviria aquelas belas canções e se sentava no terraço para curtir o som da melodia. Era a parte que mais apreciava no palácio, pois, apesar de ser a morada dos sonhos, não tinha graça nenhuma porque ali não tinha um rei ao seu lado.

Um dia, Noely resolveu ir conhecer quem tocava aquelas emocionantes canções que a encantava, assim seguiu o som da música e logo chegou ao lago. De longe avistou Amadeu, por quem logo se apaixonou, se aproximou dele e disse seu nome. Este por sua vez também deixou arrebatar-se com uma inesperada paixão.

Entretanto, logo Amadeu se lembrou que era casado com Melissa, e não podia viver o amor que se despertava naquele momento. Mesmo assim, ficaram horas e horas conversando na beira do lago, até que ambos retornaram aos seus infelizes lares.

No dia seguinte ela voltou ao lago quando ouviu o som e assim repetiu várias outras vezes, e a cada vez a paixão entre os dois aumentava, mas estavam impedidos de ficarem juntos por ser Amadeu casado.

Melissa descobriu que Amadeu se encontrava com a rainha quase todos os dias ultimamente e ficou morrendo de ciúmes. Então tramou a morte de seu marido e de sua filha.

Dando prosseguimento ao maléfico plano, a madrasta má colocou veneno no leite que seria servido no café da manhã. Acordou disposta a dar cabo dos dois. Assim, iniciou seu intento servindo o marido ainda na cama, simulando que estava querendo agradá-lo com um banquete no leito para ambos.

Mas algo inesperado aconteceu, a cegueira da vingança era tanta que acabou trocando o copo havia colocado o veneno e tomou o leite preparado, o qual teve um efeito imediato.

Amadeu levou um susto ao ver Melissa morta na sua frente e sem poder fazer nada para ajudá-la. Passado o funeral, Amadeu voltou novamente ao lago para tocar sua flauta, todavia, ansioso para ver a rainha e contar-lhe de sua súbita viuvez.

Ao receber a notícia, Noely pôde então entregar-se aquele amor que tanto lhe enchia o coração. E assim viveram felizes para sempre ...

QUARTO ENCONTO DIA 25 DE MARÇO - DIALETO E DIÁLOGO

Quarto encontro da OFICINA MULTIPLICADORA – 25 DE MARÇO DE 2010





FIZEMOS A LEITURA DOS TEXTOS DOS PARTICIPANTES, QUE SE SAIRAM MUITO BEM! 
OS TEXTOS SERÃO POSTADOS À MEDIDA QUE ME CHAGAREM POR E-MAIL.


Trabalhando a variação de dialetos e os diálogos nos textos fizemos a leitura e reflexão do texto abaixo:



 
O PADRE, O ESTUDANTE E O CABOCLO
Uma história de esperteza


Há muitos anos, o acaso uniu, na rabeira de uma tropa de mulas que percorria o interior de Minas Gerais, um padre, um estudante e, a transportar as malas e os livros dos dois, um caboclo observador. No lento trotar das mulas, sob o sol do sertão, padre e estudante debatiam sem chegar a qualquer conclusão.
No fim da tarde, estacionaram ao lado de um casebre e pediram licença à mulher que os atendeu para pernoitar ali, oferecendo poucas moedas em troca de água, lugar para pendurar as redes e algum alimento. A pobre mulher concordou, enfiou as moedas rapidamente no bolso da saia e, um minuto depois, trazia aos hóspedes uma jarra de água e o único alimento existente no casebre: um miserável pedaço de queijo, que não dava para alimentar um quarto de homem.
Sem saber como dividir o queijo entre os três, o padre, certo de que, com sua oratória, poderia enganar os outros dois, propôs o seguinte: que dormissem e, ao amanhecer, aquele que contasse o sonho mais bonito, certamente inspirado por Deus, ganharia o direito de comer o queijo. Todos concordaram e, cobertos pela poeira da estrada, foram dormir.
No meio da noite, contudo, ouvindo o padre e o estudante roncarem, o caboclo levantou da rede, aproximou-se do armarinho em que a mulher guardara o queijo e o engoliu.
Quando amanheceu, enquanto tomavam o café ralo que a mulher lhes ofereceu, o padre, que sonhara a noite toda com o queijo, foi o primeiro a relatar seu sonho. Disse que, auxiliado por anjos, subira por uma escada cheia de enfeites dourados até o céu. O estudante, por sua vez, contou que, mal havia dormido, já se encontrou em pleno Paraíso, aguardando pelo padre que, tinha certeza, chegaria em poucos minutos.
Era a vez do caboclo falar. Com os olhos presos ao chão, numa voz mansa, ele disse: “Sonhei que via o senhor padre e o moço lá no céu, rodeados dos anjos e dos santos. E que eu tinha ficado aqui, sozinho e morto de fome. Então, subi no telhado e gritei com toda força pra vosmecês: ‘E o queijo?! Não vão comer o queijo pra mó da gente seguir viagem?!’. E vosmecês responderam, felizes da vida: ‘Pode comê o queijo, caboclo! É todo seu! Aqui no céu não precisamos de queijo!’. Fiquei tão feliz, e tudo pareceu tão de verdade, que levantei da rede e comi o queijo...”.




FIZEMOS TAMBÉM A LEITURA DO TEXTO "CONVERSA FIADA" onde  todo o texto acontece em dois parágrafos, e ambos representam o monólogo de personagem:


CONVERSA FIADA
Ana Maria Maruggi




Obrigada pelos elogios. Mas não precisa tecer elogios só para conseguir ouvir de mim as coisas que eu sei. Eu vou contar de qualquer maneira e você sabe disso.

Vi sim o filho de Dona Dora, o Florival, aquele que brigou com o Marinho na festa do Zé Venâncio. Fiquei sabendo que o Marinho ofendeu o coitado com umas bobageiras de moço virgem, coisa à toa. Mas o Florival não gostou nadica da conversa desaforada do Marinho e exigiu um pedido de desculpa. Imagine se o Marinho é homem de pedir desculpa para alguém? A coisa foi tomando vulto e rolaram feito porcos na lama perto do laranjal. Você lembra disso? Você estava lá com sua senhora, que Deus a tenha! Era soco e pontapé que não acabava mais. Até o Zé Venâncio, homem bom que Deus pôs na terra, teve que apartar a brigaiada dos dois. Então, ontem o Flô passou na frente da minha porta, mas não falei com ele não. Tive um pouco de medo de bagunça, de confusão. Estava um calor de agoniar, até a cadelinha Marica estava aflita, então fomos sentar na varanda esperando que a brisa refrescasse um bocadinho com o entrar da noite. Luz apagada pra afugentar a muriçoca e diminuir o calor. Mas, qual nada, a noite chegou e o calor se instalou. Parecia um forno! O Julio cochilou um tiquinho na cadeira dele, e eu estava lendo uns causos do Boldrin embaixo da luminária de mesa, quando assuntei uma figura esquisita, mal vestida, passar bem devagar como quem vai pra banda da bica do Chico. Ele estava estranho, com umas roupas grandes que não pareciam ser deles. Tinha um chapéu preto na cabeça, e a barba estava grande. Parecia um mendigo, o pobre. Ele até deu uma paradinha, de costas, pra minha casa. Pensei em chamar pra saber o que estava acontecendo, mas hesitei e acabei não falando com ele. Levantei devagarzinho da minha cadeirinha e caminhei até o portão da rua, e ele nem me viu. Vi que ele andava mancando um pouquinho da perna esquerda será que foi naquela briga do ano passado? Mas ele parecia confuso, dava a impressão de que ele não sabia onde estava. Tive até medo do infeliz. É, depois que a Dona Dora morreu, no começo desse ano, de uma morte muito esquisita que até agora não ficou esclarecida, o rapaz andou fechado em casa e quase não fala com ninguém. Dona Dora tinha um bom dinheiro que ficou do falecido Luiz, e o rapaz herdou tudinho com a morte da mãe. É por causa dessa dinheirama que as coisas não ficaram bem esclarecidas. Até a escola o Flô abandonou. Estranho, você não acha? Não vi pra onde ele foi ontem à noite, mas escutei uns zuns zuns lá pra banda da bica e parecia ser a voz dele, mas não tenho certeza. Por causa do calor a gente fica um pouco zoada, né? Sabe que eu até puxei minha cadeirinha pra bem perto do portão para eu ver se ele voltava, e ele voltou lá pelas tantas da madrugada. Não sei dizer com exatidão a hora que era, mas era bem tarde. O Julio já tinha se recolhido, com calor e tudo. Mas eu estava lá, firme e forte com os causos caipiras fechados bem apertados embaixo do braço que aquilo lá não era hora pra ler, ou lia ou assuntava a rua. O Flô voltou sem chapéu. Lembra que eu disse que estava com chapéu preto? Pois então quando ele voltou já estava sem chapéu. A roupa bamba que estava usando parecia que tinha molhado. Fiquei imaginando se ele não tinha entrado na lagoinha da bica pra se refrescar. Ele estava segurando alguma coisa na mão, e não era o chapéu. Parecia uma caixa bem pequena. Lembrava uma caixa de leite longa vida pelo tamanho. Mas estava escuro do outro lado da rua. Cansei de pedir pro Bastião da Prefeitura clarear aquela banda da rua, mas aqui na nossa cidade as coisas demoram demais pra acontecer. É, ele passou do outro lado da rua. Vez ou outra um clarão vindo de alguma casa da vizinhança, alumiava o rosto dele. Ele parecia mais estranho do que quando foi. Parecia abatido, cansado, sei lá. Não descuidei dele mas descuidei do livro do Boldrin e deixei cair. O baque fez ele parar e procurar de onde veio o barulho, me encolhi atrás da amoreira que eu mesma plantei quando era menina ainda, e ele não me viu. Só que aí ele apertou o passo, quase correu na direção da casa dele. Pensei em seguir o infeliz pelo menos pra ter certeza de que ele ia pra casa, mas o meu Julio apareceu lá e ficou brabo comigo: “Vem dormir mulher! Ta pensando que você vai ganhar alguma coisa com investigação da vida alheia?” Resolvi ir cama pra não brigar com ele. Mas dormir, eu não dormi nadinha. Levantei com as galinhas. Além do calor infernal que estava naquela cama, eu tinha essa história na minha cabeça que não me deixava sossegada. Aí você ligou e pediu pra eu vir aqui. Mas, você está me perguntando se eu vi alguma coisa estranha ontem pra mor de quê?





quarta-feira, 24 de março de 2010

Terceiro encontro - Tema: NARRADOR AUSENTE E PRESENTE



Os textos que trouxeram para leitura estavam muito bons.
Vocês ficaram de me enviar todos para postar aqui.
Então mandem!

Fizemos uma sincera e merecida homenagem a Ivonéte Miranda e parece que seu público e amigos gostaram. Nós agradecemos pelos comentários postados e pelos acessos ao Blog Ical.

terça-feira, 16 de março de 2010

IVONÉTE MIRANDA POR ELA MESMA - HOMENAGEM DO ICAL A ESSA ARTISTA QUE BRILHA SEMPRE!




Nome Artístico = IVONÉTE MIRANDA





IVONÉTE MIRANDA DA SILVA


Nasci em Recife - Pernambuco.

Estudei em Olinda num colégio de freiras, denominado este Academia Santa Gertrudes.
Aos 14 anos fui escolhida através de concurso para cantar em um programa juvenil na Rádio Club de Pernambuco, tendo sido de imediato contratada.

O famoso Silvio Caldas foi à Recife, cumprir temporada na Rádio Club de Pernambuco, bem como fazer um show no Teatro Santa Isabel, e dentre todos os cantores fui a escolhida para com ele fazer o espetáculo.
Após a realização do show, Silvio Caldas disse :

-“Menina, vá para o Rio de Janeiro, pois você já é uma grande artista !”

Tempos depois fui com minha avó passear no Rio, e cantei no programa do Casé, na Rádio Mairinque Veiga.

Em seguida veio o convite do Dr. Assis Chateaubriand para cantar nas Emissoras Associadas, tendo sido contratada pela Rádio Tupi e lá permaneci por muitos anos.

Cantei com expressivo destaque na mídia, em rádios, teatros, cassinos e televisões conhecendo assim grande parte do país, chegando a cantar música com letra de Coelho Neto no filme Mãe.

De tempos para cá, faço versos, poesias e componho músicas e respectivas letras.


THEÓPHILO DE BARROS FILHO
(Produtor de shows) - 1911-1969

Theóphilo de Barros Filho nasceu em Maceió, capital de Alagoas, em 1911. Família grande, eram 15 irmãos. Moreno, estatura baixa, muito inteligente, Theóphilo transferiu-se para Recife, capital de Pernambuco, onde formou-se em Direito. Ali interessou-se também por música e fez parte da Jazz Band Acadêmica da cidade. Logo transferiu-se para o sul, tendo escolhido o Rio de Janeiro para trabalhar e fazer sua vida. Foi contratado pelas emissoras Associadas, Rádio TUPI do Rio. Ali casou-se e teve dois filhos, que também se interessaram por arte. Mas Theóphilo de Barros se tornou jornalista e logo também alcançou o cargo de diretor artístico da emissora. Foi aí que conheceu a cantora de voz grave, Ivonete Miranda, por quem veio a se apaixonar. Mas, para fugir a isso, resolveu ir para Recife novamente e montou a Rádio Comércio do Recife, também Associada. O namoro com Ivonete continuou e ambos transferiram-se para São Paulo, pois a TV TUPI havia sido inaugurada em 1950, mas em começo de 1952 o diretor geral da Emissora, Demerval Costalima se afastou da direção , indo para a TV Paulista. O remanejamento das cadeiras fez com que ficasse vago o cargo de diretor artístico da Rádio TUPI de São Paulo. Assis Chateaubrind, também nordestino, tinha grande apreço por Theóphilo e o convidou para ocupar o cargo. Uma vez em São Paulo, e ao lado de Ivonete , o nosso diretor fez uma carreira brilhante. Lançou o programa: “Concertos Matinais”, tanto na Rádio, como na televisão TUPI, assim como o: “Antarctica no Mundo dos Sons”. Com isso e mais outros tantos programas, ganhou 4 Prêmios “Roquete Pinto”, como produtor de shows. Ganhou também o “Troféu Imprensa”; o “Troféu Walita”; o “Ana Pavlowa”, sempre por suas produções musicais. Ele gostava de tudo o que fazia, mas sua paixão era mesmo a música clássica, que ouvia constantemente, nas horas de descanso , em casa. Com Ivonete Miranda teve mais dois filhos, mas veio a falecer em 1969, quando estava com 58 anos de idade. Deixou muita saudade em todos e seu exemplo como amante das artes, das pessoas e sua educação primorosa foram exemplos para todos aqueles que com ele trabalharam e viveram.


http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_4653.html


Ivonéte Miranda nos dias de hoje tem uma vida ativa socialmente e culturalmente. Ela participa de oficinas de criação de textos, e é sócia fundadora do ICAL.  Frequenta reuniões e atividades afins. Onde vai é bem recebida por sua simpatia e sorriso estampado, declama suas poesias e fala um pouco de sua profissão de cantora que tanto brilho trouxe a sua vida, e tanto orgulho aos seus familiares e amigos.



Cinema
Em 1948 0 Filme MÃE com 108 minutos rodado em preto e branco no estado do rio de Janeiro trazia a direção e adaptação  de Theóphilo de Barros Filho. Ele também musicou o poema de Coelho Neto  SER MÃE que foi interpretado por Ivonéte Miranda "Amo, Amo"


E Ivonéte Miranda ainda tem mais!
Ela tem poesias publicadas na coletânea O Enigma das Palavras, como a que segue abaixo:


Nas páginas 60 a 66 desta obra estão publicadas as seguintes poesias de Ivonéte Miranda:



FALE BAIXINHO

Se estou acordada sonho contigo
Se durmo volto a sonhar
Mas é melhor sonhar acordada
Do que dormir e não sonhar


Sonho que estamos numa praia
Sonho que estamos num pomar
É cada sonho tão lindo
Que eu não quero despertar

 

Vou deitar, vou dormir
Com meu amor vou sonhar
Por favor, fale baixinho
Eu não quero acordar


 

É ROCHA

Quem acha mulher fraca
Não conhece a mulher
A mulher é muito forte,
E só faz o que ela quer


Com carinho ela vai longe
Mas na marra nem pensar.
A mulher é uma rocha
Até quando não quer amar




 

EU FALEI COM JESUS



Um dia eu ia andando
Por uma estrada muito escura
De repente, vi uma luz distante
E ao chegar perto era o Menino Jesus

Menino, viste à Terra
Para de novo nos salvar?
Vim, mas desta vez para uma flor
Em cada coração plantar.

Mas, cuide bem da sua flor
Com carinho e com calor
Ela é tão delicada
Que pode morrer sem o seu amor



 

GOSTO


Gosto de viver a vida
Gosto de querer bem
Não quero viver a vida
Querendo mal a ninguém

A vida é feita de amor,
De carinho e de calor
É uma coisa tão bela
Como o desabrochar de uma flor


NÃO SEI

Não sei se gosto mais
Do amanhecer ou do anoitecer
O amanhecer nos traz esperanças
O anoitecer nos traz lembranças

Um novo dia de sol
Vem nos aquecer
O frio nos dá saudade
Que tanto nos faz sofre

Mas o anoitecer também,
Vem como um filme
Tanta coisa que ficou para trás
E o tempo não volta nunca mais.
 
 


VIDA



Você já pensou que a vida
É uma coisa tão bonita?
É como a primavera
E eu gosto tanto dela.

A noite tem as estrelas
E a lua vem clarear
O dia tem o sol maravilhoso
Que vem a Terra iluminar

Ilumina sol querido!
Traga sempre o seu calor,
Para aquecer as nossas vidas
E no mundo aumentar o amor

 
SENHOR

Senhor Olhe para mim
E veja como estou carente
Não deixe minha fé terminar
E nem que eu fique descrente

Estou com tantos problemas
Que eu quero resolver
Mas sem a Sua ajuda,
Como é que vai ser?

É bom poder acreditar
Que tem sempre o Senhor
Toda hora para me socorrer
Senhor não deixe a minha fé morrer.