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terça-feira, 30 de março de 2010

BAILE DE MÁSCARAS - MJPSousa



BAILE DE MÁSCARA
MJPSouza

Ah! Aquele baile de máscaras não consigo esquecer.

O Teatro Municipal engalanado, muita luz, musica envolvente, gente bonita e elegante usando ricas fantasias, alegres e exteriormente felizes. Os homens, quando longe de suas damas sofisticadas e desinibidas, lançavam sorrisos convidativos.

Foi em uma roda de rapazes conversando e rindo que vi Alex.

Havia tirado a máscara com matizes de azul e flores em um dos lados, quando meus olhos se cruzaram com os dele que também estava sem máscara. Foi uma atração que até hoje, cinco anos já se passaram, tento entender. Senti como uma força me impelindo para ele. Não o conhecia, estaria hipnotizada ou coisa assim? Ele também se dirigiu a mim. Bem perto um do outro nossas mãos e olhos se juntaram e um suave beijo surgiu. Hoje quando me ponho a lembrar não acredito no meu comportamento. Sempre fui recatada, muitos pensavam que seria freira.



Dançamos toda a noite. Musica e suaves carinhos nos embalavam. O dia estava começando quando saímos do baile.

Ele quis me acompanhar, agradeci. Trocamos um apaixonado beijo, e entrei – me no carro. Ainda estava inebriada de amor. Fui para casa. Não trocamos números de telefone ou endereços. Este baile foi o princípio e também o fim de uma louca paixão.

Hoje, andando pelas ruas e festas, tenho a esperança de encontrá-lo. Ainda sinto uma dor profunda ao recordar-me de Alex. Às vezes penso que foi um sonho, mas a realidade se faz presente quando vejo no jornal e revistas, da época, os comentários e fotos do grande baile de máscaras. Só, em meu. quarto me pego cariciando a linda máscara que guardo com carinho todos estes anos.

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