CONFUSÃO!
Suzana da Cunha Lima
Sempre vou ao Rio de Janeiro quando posso, minha família mora lá.
Numa dessas idas, logo que cheguei, soube que minha querida tia Irene, a quem devo muitas alegrias na infância, estava mal, internada na UTEI do hospital.
Fiquei muito aflita e, logo que pude, apressei-me a visitá-la, juntamente com minha irmã.
Tentei localizá-la entre vários leitos, no meio de outros doentes. Pareciam muito iguais, cobertos com lençóis brancos, entubados, cheio de aparelhos! Mal dava para reconhecê-la.
Quando a avistei, fiquei muito comovida e corri para abraçá-la, falando palavras de conforto e esperança, enquanto apertava fortemente sua mão:
_ Tia, você vai sair dessa, vai sarar, ir para casa logo!
E assim falando segurando-lhe as mãos, olhei rapidamente para minha irmã que me chamava e gesticulava o tempo todo. Não entendia o que queria.
Quando voltei, disse-me muito espantada;
_ Luciana, esta não é a tia Irene! Nossa tia é aquela outra, na cama do canto. O médico deu-lhe uma injeção e ela terá alta amanhã...Como você é distraída!
Que confusão!
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