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domingo, 27 de novembro de 2011

O PALHAÇO - Resenha por Dinah Ribeiro Amorim

RESENHA DO FILME: “O PALHAÇO”

Dinah Ribeiro de Amorim






Filme brasileiro, 2011, com 90’ de duração. Feito pela Imagens Filme.


Direção: Selton Mello.


Elenco: Selton Mello, Paulo José, Larissa Manoela, Gisselda Mota, Moacyr Franco, Erom Cordeiro, Cadu Fávero, Teuda Bara e Thogun Ferrugem.


Festival de Paulínia: 2011.


Melhor direção: Selton Mello.


Melhor roteiro: Selton Mello, Marcelo Vindicatto.


Melhor ator: Selton Mello.


Melhor ator coadjuvante: Moacyr Franco.




O filme conta a estória de Benjamim que forma dupla de palhaços Pangaré e Puro Sangue, com seu pai, Paulo José. Crescido dentro do circo, Benjamim vai se cansando dessa vida, achando-a monótona, perdendo a graça, principalmente quando chega à conclusão de que não tinha identidade, documentos próprios nem para comprar um ventilador para o circo, que era o seu sonho. Só possuía um registro de nascimento, velho e roto, não sendo aceito por nenhuma loja. Todos no circo o amavam mas pedem-lhe a toda hora alguma coisa que necessitam e ele não consegue comprar. Até um soutien para a velha gorda teria que providenciar. Havia quebrado!

Conhece uma moça nova, de outra cidade, que o entusiasma a procurá-la mas, antes, cai em depressão e resolve ir embora. Mudar de profissão, ir em busca de seus sonhos...

Recebe antes um aviso do pai:”a gente tem que fazer na vida o que sabe fazer bem” e dedicar-se a isso! Filosofia simples que aprendera com um músico de bar, também simples!

Benjamim vai embora, procurar a moça e encontra-a noiva, para casar. Arruma um emprego, tira a carteira de identidade, compra o ventilador que queria e resolve voltar, sabendo que é engraçado, a única coisa que é na vida: engraçado, sabe fazer os outros rirem.

Na sua volta, encontra o pai encenando sozinho e diz-lhe, em forma de brincadeira:” a gente deve fazer o que sabe, fazer rir, e bem feito!”

Feliz novamente com sua arte, não precisou muitas andanças na vida para encontrar novamente seu caminho.

O filme é um poema, romântico, suave, bem feito, cômico às vezes, profundo, sem necessitar de palavras feias e cenas eróticas para retratar a vida simples do nosso interior, nossa população brasileira. É merecedor de muitos prêmios tanto o autor Selton Mello com seu texto, direção e atuação como seus companheiros de elenco, que são ótimos, cada um no seu papel.

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