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quarta-feira, 4 de julho de 2012

CARTAS PARA JULIETA - Dinah Ribeiro Amorim



CARTAS PARA JULIETA!
Dinah Ribeiro de Amorim

  Marina, uma simpática morena, jovem, amorosa, trabalhava como secretária em uma firma de cosméticos e,  namorava André, coroa bonitão, divorciado, um dos diretores da firma.

  Como esse relacionamento já durava algum tempo, nutria a esperança de um compromisso mais sério, entre eles.

  De repente, sem motivo aparente, André resolve romper com ela e passa a cortejar Mônica, sua colega de sala.

  Decepcionada, entra em grande depressão e resolve pedir demissão da firma.

  Aconselhada por amigos, desiste da idéia e pede uma licença para viajar, espairecer um pouco.

  Tira algumas economias do banco e vai para a Itália, terra de seus avós, que sonhava conhecer.

  Passando por várias cidades magníficas, chega a Verona, histórica, palco do romance entre Romeu e Julieta. Fica encantada! Descobre que na antiga casa de Julieta, imaginada por Shakespeare, havia um depósito para pedidos e cartas de amor, simbolizando uma antiga lenda que o espírito de Julieta, sofredora no amor, atendia a todos.
  Resolve escrever também para ela, entrando na magia do lugar, mais como um desabafo do que crença.

                                                       Querida Julieta:

  Escrevo-lhe esta esperando também ser atendida. Gostaria de encontrar alguém que me amasse de verdade, assim como Romeu a amou.
  Tive um relacionamento apaixonado, mas fui traída por uma amiga que o roubou ou, melhor dizendo, o meu Romeu não me amava tanto.
  Estou muito decepcionada com a vida, com o amor, com o casamento. Não tenho, como vocês dois, mais vontade de viver.
  Sou sozinha e sem objetivos, a não ser trabalho, o que é muito sem graça e cansativo.
  Gostaria tanto de encontrar minha alma gêmea! Será que isso é possível, tem fundamento, ou o amor verdadeiro não existe, só o de conveniência.
  Espero ficar mais tempo aqui na Itália e conhecer Veneza, cidade natal dos meus avós. Casaram-se lá.
  Quem sabe, depois de lhe escrever, aparecerá alguém!
  Sem mais, emocionada em ver os lugares em que viveu, deixo-lhe beijos de uma pessoa amargurada, sofrida também com os males do amor!
 
                                                                Marina.

  Dobrou o papel e depositou num dos tijolos, destinados às cartas para Julieta.

  Foi até Veneza, maravilhou-se com suas belezas, hospedou-se num pequeno hotel e saiu a conhecer a cidade.

  Reparou num belo homem claro que a seguia, com jeito de italiano.

Entrou numa das igrejas e ele também. Estava havendo uma missa em japonês, para a colônia japonesa do lugar. Achou bastante interessante. Não demorou muito a se falarem. Marcelo era o seu nome, de família italiana, morador de Roma.

  Percorreram juntos os lugares pitorescos e nasceu entre eles uma forte atração. Marina percebeu que tinham grande companheirismo e afinidade.

  Ficaram juntos até o final de sua viagem, quando veio ao Brasil somente para liquidar suas coisas e vender o apartamento. Voltaria para a Itália, moraria em Roma com Marcelo, que a pedira em casamento.

  Verdade ou não, parece que Julieta ouviu o pedido de Marina!


(Exercício de aula baseado no filme do Cartas para Julieta)


                                          
   

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