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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

PAI HERÓI! - Dinah Ribeiro de Amorim


PAI HERÓI!
Dinah Ribeiro de Amorim

Pai herói é um tema fácil já que ouvimos tantas notícias reveladas, mas difícil e comovente quando nos lembramos de nossos pais, eternos heróis do cotidiano, nesta vida cheia de imprevistos.

  Fatos como a retirada de um filho das ferragens de um carro, antes que este explodisse, recebendo queimaduras por não ter saído em tempo. É realmente um ato heroico, digno de um verdadeiro pai. Ou salvando o filho de uma casa em chamas, enrolando-o em cobertores, correndo por  escadas, mal dando tempo de atirá-lo nos braços do bombeiro. É realmente um ato heroico, verdadeiro pai.  Inesquecível!

  Colocar-se à frente do filho, diante de bandidos ameaçadores, sendo alvejado em vez dele, protegendo-o com seu próprio corpo, ato somente de verdadeiros pais! Somos capazes de fazer isso!

  Quantos males acontecem aos nossos filhos que, se pudéssemos, desejaríamos que acontecessem conosco para que eles fossem poupados. Não há dor maior que a perda de um filho ou vê-lo sofrendo, e não poder fazer nada.

  Falando sobre pais, quando o povo comemora o chamado “Dia dos Pais”, uma vez por ano, lembro-me do meu pai, das recordações que tenho do pouco que vivemos juntos. Recebi dele muita atenção e amor, embora estivesse longe. Não ofereceu riqueza material, sua doença não permitiu. Mas, cultura, educação, conselho, preocupação, carinho, sei que tive muito.

  Sensibilidade grande, intuição, presença nas horas importantes, embora com dificuldade, hoje percebo, foi o que recebi e não dei valor, no momento. Esforço, reviravolta em seus problemas, renascendo e recomeçando sua vida, numa idade mais avançada, deixou-nos grande exemplo de que viver vale a pena, anulando realidades duras ou mentiras confortáveis!       


  Hoje sinto muito a sua falta.  Sempre soube que foi, no mundo, a pessoa que mais me amou! Exclamação que fiz quando ele morreu e repito ainda. Não tivemos grandes atos de heroísmo, mas pequenos atos de compreensão e amor, fazendo-me também chamá-lo de “meu pai herói!”  Que saudade tenho dele!

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