O bilhete
Jany Patricio
Na sala folhas, almofadas, máquinas, livros, cadernos
espalhados pelo chão.
Clara! Branca,
delgada, fria. Apertava um bilhete e uma lapiseira entre os dedos tesos.
A polícia entrou. A solidão pairava no apartamento.
Curiosos, vizinhos presenciavam a ação.
Ninguém toca nela até chegar a perícia!
Lá estava um frasco. E os comprimidos caídos no chão.
Elizabeth chega desvairada. Impera dolorosos gritos de
desespero.
Incrédula, tenta se jogar sobre Clara. Mas, é impedida pelo policial. Luta, debate-se. Consegue
desvencilhar-se e pega o bilhete.
Desmaia.
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