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domingo, 10 de outubro de 2010

O menino e a Lua - Dinah Ribeiro Amorim



O MENINO E A LUA!
Dinah Ribeiro Amorim

  O menino, sentado no alto da rocha, contempla admirado aquele círculo enorme, iluminado, prateado, olhando para ele...Era noite de Lua cheia!
  Quanto mais olhava, mais se sentia atraído para o céu, para a Lua, para o que haveria lá dentro. O que seriam aqueles pontos mais escuros? Teria vida nela? Existência igual à nossa?
  Tanto olhou, tanto pensou... que, de repente, sentiu-se voando, elevando-se pelos ares, chegando cada vez mais perto!
  Será verdade que está lá São Jorge e seu cavalo branco? Viria recebê-lo? E os seus habitantes? Causariam medo?
  Foi voando, voando e chegando... cada vez mais perto! Como por milagre, conseguiu aterrissar na Lua, sentindo um pouco de falta de ar! Não deveria ter atmosfera, como na Terra. Percebeu que não havia vida nenhuma, nem água, nem vegetação, somente algumas crateras e pegadas humanas: dos astronautas que lá estiveram. Ah! Algumas bandeiras fincadas em seu solo, dos países que já haviam estado lá, pela primeira vez: os primeiros astronautas!
  Ah! Percebeu também, com estranheza, que havia lixo lunar, uns 170 mil quilos de lixo. Eram entulhos lunares, restos de espaçonaves que deveriam ficar lá mesmo. Como na Lua não há poluição, não há prejuízo ecológico, esse lixo não se degrada, não enferruja, não desgasta, não oxida! Poderá permanecer por milhões de anos!
  O menino ia fazer uma volta maior, na parte da Lua iluminada pelo Sol, quando escorregou e, foi caindo, caindo, caindo, até que, muito assustado, piscou e abriu os olhos!
  Estava de novo na Terra, nosso planeta, e percebeu que a Lua continuava linda, grande e distante; sua visita fora um sonho que pensou ser realidade!
  Levantou-se, apressado, e ia voltar para casa, quando encontrou ao seu lado um livro do astrônomo Gustavo Porto de Mello: “Veja as bugigangas mais memoráveis esquecidas na Lua”.
  Teria sido sonho ou realidade a sua viagem? O que você acha?

Um comentário:

Unknown disse...

Olá Ana Maria, e Dinah,

Bom, sou o astrônomo brasileiro Gustavo Porto de Mello. Fiquei intrigadíssimo com a menção que vocês fazem à minha pessoa nesta simpática história. Claro que gostei, mas ... como vocês chegaram até mim? Grande abraço. Meu e-mail é gustavo@astro.ufrj.br.