Abaixo temos a introdução de um conto de amor, para o qual convidamos você a continuá-lo com um texto curto, guiando as personagens para a sequência dos fatos. Nao termine a historia, apenas crie a sequencia para esta cena.
Depois de você, outro leitor poderá enviar mais um trecho, e mais outro, e outro ... até que nossa história termine. Os textos aprovados para sequência da história, serão imediatamente postados para que se dê o correto caminho da trama.
O título Ainda dá tempo de amar, é provisório, mas ele também dá ideia do objetivo da história.
Mande o e-mail com o seguinte assunto: CONTO PARA INTERAGIR "Ainda dá tempo de amar". Não esqueça de enviar seus dados que serão postados, afinal você passará a ser co-autor: nome completo ou apelido, e-mail, cidade e estado onde mora, seus endereços na web, e uma breve biografia literária (algumas linhas apenas).
Vambora?
Olá integrantes do ICAL!
Abaixo temos a introdução de um conto de amor, para o qual convidamos
você a continuá-lo com um texto curto, guiando as personagens para a sequência
dos fatos. Nao termine a historia, apenas crie a sequencia para esta
cena.
Depois de você, outro leitor poderá enviar mais um trecho, e mais outro,
e outro ... até que nossa história termine. Os textos aprovados para sequência
da história, serão imediatamente postados para que se dê o correto caminho da
trama.
O título Ainda dá tempo de amar, é provisório, mas ele
também dá ideia do objetivo da história.
Mande o e-mail com o seguinte assunto: CONTO PARA
INTERAGIR "Ainda dá tempo de amar". Não esqueça de
enviar seus dados que serão postados, afinal você passará a ser co-autor: nome
completo ou apelido, e-mail, cidade e estado onde mora, seus
endereços na web, e uma breve biografia literária (algumas linhas
apenas).
Vambora?
Espero seu texto para: anamaruggi@gmail.com
Uma brisa fresca e ligeira tocou os cabelos castanhos da menina enquanto
compenetrada lia uma história de amor – Que gostoso! –
pensou ela.
Era Julho e as férias a levaram para a distante cidade
de Lapinha no estado de Minas. Sua tia a convidara para
ajudá-la com o complicado computador que adquirira há quase seis meses e até
então jazia empoeirado no quartinho de coisas da antiga
casa da fazenda – Esse negócio é muito complicado de
lidar com ele! – dizia Dona Hermínia para Angela quando
a levou para sua cidade.
A garota tinha habilidade com a web e com a manutenção de seu
próprio computador, portanto foi muito fácil a montagem do equipamento.
Aproveitou sua estada e pode dar algumas dicas para a tia solteira que sonhava
com um namorado virtual – Sabe a filha da Dona Augusta, aquela
meio vesguinha que veio aqui ontem à tarde? Pois então ela está
casada com um marido ótimo, menina. E eles se conheceram sabe onde? Na
INTERNET. Isso mesmo, eles se conheceram numa sala de bate-papo, eu até
anotei na minha cadernetinha de assuntos importantes. Eles namoraram
quase um ano, trocaram fotos e correspondências, e somente depois ele veio
conhecer a família dela, nem ela conhecia o noivo. E se casaram aqui, precisava
ver a festa, uma coisa de louco, acho que a cidade inteira estava nela. Eu
mesma fui convidada. Ela estava tão linda, parecia até que o pequeno defeito na
vista tinha sido reparado. O amor faz coisas incríveis! - contava
radiante para a sobrinha.
Angela aproveitou para dar alguns conselhos sobre namorar pessoas
que não se vê, sobre o perigo em fornecer dados pessoais para estranhos, e
marcar encontros em lugares ermos. A tia ouviu atenta mas balancou a cabeca
negativamente, dizendo que era solteira de tanta cautela que teve na vida
- Agora chega! – disse sorrindo.
Era uma quinta feira preguiçosa já com o sol se pondo atrás da mangueira
e a menina no caramanchão com os olhos enfiados nas últimas páginas
de seu livro, quando Dona Herminia gritou lá de dentro: Angela vem
aqui um pouquiiinho!.
Ah não, não agora que a história está no fim – pensou respondendo: Espera um pouco.
Vou já já.
Ângela mesmo contrariada por ter sido interrompida em sua
leitura, correu ao encontro de sua tia para ver o que estava causando
aquela gritaria toda!
Ficou aliviada ao constatar que se tratava de uma resposta de um internauta português, convidando-a para se corresponderem . Mandava-lhe algumas informações sobre ele, morava numa cidade histórica: Évora, tombada como patrimônio cultural; era um escritor muito interessado em conhecer o Brasil, país que ainda não visitara mas que já amava muito, através de tudo que lia à respeito. Ele dizia que achava os brasileiros muito alegres, musicais, simpáticos, e brincalhões! Trabalhava mesmo como funcionário público, mas nas horas de folga, escrevia histórias num computador.
Sua Tia não cabia em si de tão entusiamada e queria responder logo, por isso, precisava de sua orientação. (trecho fornecido por Dinah Ribeiro Amorim).
Ficou aliviada ao constatar que se tratava de uma resposta de um internauta português, convidando-a para se corresponderem . Mandava-lhe algumas informações sobre ele, morava numa cidade histórica: Évora, tombada como patrimônio cultural; era um escritor muito interessado em conhecer o Brasil, país que ainda não visitara mas que já amava muito, através de tudo que lia à respeito. Ele dizia que achava os brasileiros muito alegres, musicais, simpáticos, e brincalhões! Trabalhava mesmo como funcionário público, mas nas horas de folga, escrevia histórias num computador.
Sua Tia não cabia em si de tão entusiamada e queria responder logo, por isso, precisava de sua orientação. (trecho fornecido por Dinah Ribeiro Amorim).
SEGUNDA PARTE
Mesmo gostando do perfil do candidato, Ângela desconfiava, lá por
dentro, que aquilo não tinha muito futuro. Imagine... a tia sonhadora, morando
no Brasil, numa cidadezinha perdida de Minas e o outro, já experiente na
Internet, um oceano a separá-los. Mas não queria estragar o prazer dela.. Era
bom vê-la animada, olhos brilhantes, como se um príncipe encantado estivesse
ali mesmo, batendo à sua porta.
- Bom, vamos lá, tia Hermínia. Ele contou um pouco como é a vida dele
lá. Agora é sua vez. Que tal escrever um pouco como é sua vidinha aqui? Garanto
que ele não sabe nada do Brasil, a não ser o que lê, vê e escuta pela mídia. E
isso quer dizer Carnaval, samba, alegria, talvez mulheres lindas na praia, de
biquini. Vamos fazer ele cair em sua realidade, para ver se o interesse dele é
genuíno.
- Mas minha vida aqui é muito sem graça, querida. Ele vai me achar uma
roceira boba, afinal, ele vive numa cidade que é patrimônio cultural, é
escritor...
-Tia, não vale a pena iniciar uma correspondência com mentiras. Sua vida
aqui pode lhe parecer tola, mas para quem mora noutro país, com outra cultura,
é muito mais interessante do que pensa.
Lembra aquele livro Minha vida de menina, de Helena Morley, uma
escritora mineira, um sucesso enorme no mundo? Até um filme fizeram baseado no
livro. Então, era uma espécie de diário de uma meninota, narrando seu
quotidiano muito simples, seus sonhos, em Diamantina, final do século 19. Que
grandes coisas poderiam estar acontecendo por lá? Imagine... .Então, tia, conte
para ele como são as festas juninas aqui, por exemplo, da delícia que é um pão
de queijo, dos doces de dona Evinha, da procissão do Santíssimo...
Garanto que ele vai se encantar. (trecho criado por Suzana Lima)
Ângela olhava curiosa para sua Tia Hermínia. Nunca a vira tão corada e
excitada... Aprendeu com uma rapidez espantosa como comunicar-se e
responder mensagens.
Contou para ele com detalhes que era de uma cidade pequena,
Lapinha, em Minas Gerais, um grande estado brasileiro, na região
centro-oeste. Morava em uma fazenda deixada pelos pais, com pequena criação de
gado.Sua vida era um pouco solitária, só possuía uma sobrinha de São Paulo,
passando férias com ela, no momento.Estava adorando o computador e querendo
relacionar-se com muitas pessoas. Era um bom modo de passar momentos
interessantes...
Francisco, o tal português de Évora, começou a mandar
recados todos os dias, querendo saber muitas coisas sobre o Brasil, sobre Lapinha,
como ela vivia. Contava também um pouco sobre ele, seu trabalho e a bela cidade
em que vivia.
Tia Hermínia respondia-lhe com prazer. Nunca sua cidade
parecera tão encantadora, com seus parques floridos, pequeno coreto com música
aos domingos, suas igrejas muito antigas, datavam do Brasil-colônia, seus
habitantes calmos e simples.Não havia muito progresso nem ostentação, como nas
cidades grandes.Agora é que estavam pensando em instalar um cinema, no centro.
Ficou também muito curiosa sobre Évora. Por que era
considerada tombada? Patrimônio cultural de Portugal?Foi logo procurar sua
localização no mapa.
Aos poucos, estabeleceu-se uma convivência diária entre
eles, uma conversa amistosa e interessante pela Internet.
O momento mais feliz do dia, para Tia Hermínia, era quando
chegavam as mensagens do seu amigo português, deixando Ângela menos preocupada
com sua solidão e a ausência da sobrinha pois, as férias estavam
terminando.. (contribuição
de Dinah Ribeiro Amorim)
Hermínia pôs se a pensar na grandeza da vida, e sua mente a levava para
todos os mais belos lugares do mundo, que ficavam ali mesmo na vizinhança de
sua casa, na redondeza de Lapinha. Tanta beleza havia na cidade, nas calçadas
de pedras desencontradas, nas paredes caiadas, nas telhas francesas, nas
festas, nas pessoas amistosas, nos sorrisos, na plantação que se via desde a
rua de terra batida. Nas tábuas amontoadas que formavam a ponte. Tantas
delícias para saborear, comidas típicas, galinhada caipira, peixe fresco
empanado, doces inventados, frutas guardadas em compotas, pães redondos com
ervas finas. Beijos roubados, camuflados, escondidos, disfarçados, todos
apaixonados. Tantos sonhos já amornaram a cabeça de Hermínia nas noites
solitárias em sua cama de lençóis alvos. Tanto tinha para contar para aquele
admirador distante que desejava conhecê-la. Hermínia pensou em dizer que já se
casou muitas vezes, pelo uma vez por ano, nas festas juninas, mas temia que ele
não entendesse a brincadeira. Temia que ele não brincasse.
Angela
interrompeu seus pensamentos lembrando-a de contar sobre seu jardim tão bonito
que ela mesma fez desde a primeira pá de terra. Hermínia assentiu com a cabeça,
e começou a digitar:
"Como vai meu amigo? Eu aqui moro numa cidade pacata cheia
de beleza e frescor, que bem merecia também ser Patrimônio de toda a
Humanidade" - e continuou - " Aqui sobra terra, e comida, sorriso e
saúde. O tempo não passa embora estejamos sempre ocupados. Tenho quintal que
virou jardim de flores perfumadas, todas plantadas por minhas mãos. Minha casa
tem dezenas de redes espalhadas para qualquer um descansar. Aqui faz muito
calor, mas não incomoda, pois a cidade está num vale de águas e mata.
Gosto da vida quando ela é boa, e da minha gosto muito. Minha sobrinha
Angela veio passar ferias aqui em casa e me ensina usar esta novidade
tecnológica, porém vejo que você é expert no uso do equipamento.".
Nesse instante um luz pisacante avisava de arquivo enviado pelo
MSN. Hermínia gritou:
- Vem cá Angelita, o que é isso aqui que pisca sem parar? Será que
já quebrei o negócio? Vem logo minha filha. - Angela chegou às pressas mas com
o livro ainda aberto na frente dos olhos.
- "Calma aí Tia, é só um arquivo que ele mandou. Clica no arquivo
que vai abrir" - E estampou-se diante dos olhos de Hermínia um
rosto másculo de pele morena brilhosa, cabelos levemente grisalhos molhados que
ainda escorriam, olhos serenos quase convidativos, sorriso pequeno, corpo úmido
de quem acabara de sair de um mergulho na piscina que aparecia ao fundo. A sunga
estreita moldava o corpo do homem que parecia querer demonstrar prazer de
viver. Ele não era bonito, mas parecia fluir
sentimentos. Hermínia ficou estática admirando o amigo, até que a voz
da sobrinha a trouxe de volta
- "O que achou dele Tia?" - A Tia não sabia se tinha que
"achar" alguma coisa, mas permaneceu de olhos vincados na fotografia
que ocupava toda sua tela.
- "Volta lá o MSN Tia, ele deve estar perguntando alguma coisa
sobre a foto".
E havia muitas perguntas, algumas pareciam vir de alguém confiante
da conquista, outras de um homem carente. Hermínia então respondeu
que recebera o arquivo, e que o lugar onde foi tirada a foto era muito bonito,
que havia uma piscina de águas bem azuis com o sol refletindo nelas e que dava
uma boa sensação de paz, e ao fundo dela uma mangueira espalhava a copa quase
que atrapalhando o banho de sol. Sobre o homem, ela disse que parecia saudável,
tinha olhar sereno e sorriso triste.
- É você? - perguntou ela? (contribuição de Suzana da Cunha Lima)
A expectativa de novo contato de repente é quebrada pelo curto circuito
ocorrido na central de energia elétrica, deixando a cidade num blecaute total.
Aquela noite foi terrível para Hermínia que delirava à luz de
vela numa incontrolável ansiedade.
Era preciso saber mais sobre aquele homem que tocara tão
profundamente seus sentimentos.
Noite de insônia...Perguntas sem respostas...Restavam apenas as
hipóteses.
Enquanto o coração se enchia de sonhos, os pensamentos ferviam em sua
cabeça como chaleira em ebulição, numa mistura de preocupação entre as
observações de Ângela quanto ao perigo da internet e o semblante da foto tão
expressivo, acompanhada é claro, pela sensualidade da pequena sunga.
Pesava-lhe o fardo em viver numa cidade desprovida de homens da sua
idade. Ser bela não era atributo para ser feliz. Era preciso ser amada
- pensava ela. A exemplo de sua amiga estava disposta a
correr risco, buscando na internet a sonhada felicidade.
A energia elétrica voltou com os primeiros raios de
sol. Ansiosa, andava de um lado para outro, esperando a sobrinha
acordar, já que ela pouco sabia manusear o computador.
Ângela acabou sendo o cupido da tia, embora tão criança...
O bate papo com o internauta português, tomou uma dimensão
tão grande, que o rapaz já fazia planos para conhecê-la pessoalmente.
Externava o desejo de deitar numa rede dentre as tantas que havia em sua
casa, e poder escrever seus contos visualizando o vale beirando a mata.
O romântico cenário descrito por Hermínia, também o levou a
sonhar no outro lado do Oceano. (contribuição de Cida Binachini)
-Sim, sou eu mesmo, querida Hermínia - disse ele. Onde eu moro a
natureza pródiga me convida a levantar e dar um mergulho, me sentindo mais
jovem e preparado para escrever durante mais um dia e claro, falar com você.
A mulher revirou os olhos e deu um sorriso maroto que Angela percebeu,
mas nada falou.
- Gostaria muito que pudesse fazer o mesmo que eu, pois apesar desta
amizade ser virtual, sinto que há um profundo carinho e amizade entre
nós.
Pensou em dizer ainda como era linda a sua província, que sua família
morava há muito naquela região, que haviam muitas festas religiosas, que se
comia muito bem ali, principalmente pratos regionais feitos com peixes e frutos
do mar fresquinhos. Que os pães e broas eram assados em fornos de pedras,
apesar da tecnologia dos novos fornos e que os doces de ovos e leite de cabras
foram desenvolvidos e aprimorados ali, naquela região, para agradar o paladar
dos países vizinhos. Pensou ainda em dizer-lhe que o mar ali era muito especial
e que como viúvo e sem filhos, pois todos haviam crescido e se mudado para
outros lugares da Europa afim de trabalhar e cuidar de sua vida, tinha tempo de
sobra para admirar a natureza, pesquisar e conversar na web.
Quando se deu conta, seus pensamentos, em fração de segundos, haviam
sidos registrados no teclado virtual.
Como num piscar de olhos Hermínia desandou a escrever-lhe
sobre o seu lindo mundo e isto foi algo impensado, mas como que um clic no
coração e na razão dos dois amigos virtuais, fatos, acontecimentos de suas
vidas e de suas cidades foram sendo revelados, num sentimento de descoberta, de
alegria, de pura adolescência.. (contribuição de Carmen Lucia Raso)
- Essa foto tirei esta numa pequena quinta que tenho aqui perto de
Évora. O que lhe pareceu?
- Sobre o lugar ou sobre sua figura? - perguntou ela, já meio entediada
com aquelas mensagens que exigiam resposta rápida, diferente de e.mail, onde se
podia pensar um pouco mais nas respostas.
- Sobre o que quiser comentar, minha amiga. Quis lhe mostrar como sou e
onde fico quando preciso refletir ou descansar. Esta quinta é meu refúgio.
- Bem, sobre o lugar já comentei. Quanto a você, uma foto, às vezes não
quer dizer nada, às vezes diz muita coisa.
Ângela espiou o que a tia estava escrevendo, por trás do seu ombro e
ficou meio injuriada com a fotografia daquele homem em trajes tão
sumários.
- Tia, foi muito deselegante ele lhe mandar uma foto, assim tão
despido. Nem te conhece ainda... Olhe, ele já respondeu, dá uma dura nele tia,
onde já se viu ficar assim se exibindo?
Hermínia achou graça na bronca da sobrinha, mas também não tinha
apreciado aquele gesto tão vulgar. Mas antes que escrevesse alguma coisa,
percebeu outra mensagem dele.
- O que quer dizer sobre uma foto dizer muito ou não dizer nada?
Não entendi Hermínia.
Ah, agora ele vai ver, pensou Hermínia. Posso ser roceira, mas não sou
boba nem inculta.
- Achei seus olhos tristes, embora sua linguagem corporal estivesse sugerindo que estava numa hora de lazer,
saindo molhado da piscina. Há ambivalência aí. Não me parece que
esteja bem consigo mesmo, senão não me enviaria uma foto tua assim quase
despido. Com que finalidade queria me mostrar que tem um corpo bem feito?
Não se sente seguro na sua profissão ou não valorizas a cidade onde vive e as
oportunidades de conhecimentos que são oferecidas? Afinal, como já disse, gosta
de ler e de escrever. Com certeza, a busca de conhecimento e cultura é uma
qualidade que aprecio bem mais do que dotes físicos. Acho que devíamos nos
conhecer de outra maneira: o que pensamos, com que sonhamos e o que desejamos
para nossa vida. Se busca algo diferente na Internet, não vamos perder tempo,
não é?
Durante certo tempo não houve mensagens. - Hermínia chamou a sobrinha
outra vez:
- Ângela o que aconteceu? Pararam as mensagens. O que fiz de errado? Estava
desorientada e aborrecida como se tivesse perdido a última oportunidade de sua
vida.
Ângela olhou para o que a tia tinha escrito e aprovou:
- Jóia, tia. É isso aí, tem muito malandro na Internet. Quer
saber? É capaz desta foto nem ser dele. Tenho a impressão que este portuga é
baixo e magrinho, usa óculos fundo de garrafa e é cheio de complexos. E garanto
que não deve ter nenhuma quinta. Vamos partir para outra.
- Então, que faço? Desligo sem nenhuma despedida? Hermínia estava
desolada.
- Que despedida, tia... Não está vendo que ele já sacou que você é uma
pessoa direita? E que é bem esperta, tem excelente português e não está atrás
de sacanagem... Ah, desculpe a expressão, tia. E olhe, ele não vai mais lhe
mandar mensagens nem e.mails, com certeza. Vamos mudar de programa. Há um onde
se faz uma triagem e se seleciona o perfil desejado. É mais seguro. (contribuição de
Suzana da Cunha Lima)
TERCEIRA PARTE
Mas os emails iam chegando às dezenas, sem parar eles lotavam a caixa
postal de Herminia. Nem todos vinham de Évora. Aliás, a maioria já não
era de lá. E foi assim que a tia de Angela percebeu a grandiosidade daquele
cenário virtual. Havia homens do mundo inteiro tentando falar com ela,
queriam saber da "sonhadora" habitante da brasileira Lapinha.
Ela chegou a pensar " como podia haver solitário no mundo, se existia a
internet?".
Aventurou a abrir cada mensagem, e deliciar-se com tantos candidatos.
Não queria esquecer o português, não. Mas precisa saber até onde a levava
aquele horizonte tão fantástico.
Uma nova e excitante brisa soprou os ouvidos de Hermínia quando abriu a
mensagem de Lupercio, um fazendeiro brasileiro do Mato Grosso. Ele registrou
que era solteiro, embora já tivesse passado dos cinquenta anos, mas que tinha
muita vitalidade e a cabeça encharcada de bons sonhos. Disse não ter hábito de
usar a internet, e pediu antecipadas desculpas por qualquer erro até na
digitação.
Tinha um formato sério e respeitoso de falar, usava letras maiúsculas e
minúsculas, pontuava e acentuava com correção, não fazia uso de girias ou
linguagem internáutica, como a que Angela a havia ensinado usar. Os textos de
Lupercio pareciam estar em uma carta manuscrita que chavaga pelas mãos do
carteiro Juca. Todas as frases pareciam vir de uma boca
sorridente. Hermínia tentou imaginá-lo e então ela pediu que
ele lhe mandasse uma foto. Ele respondeu, demonstrando contrariedade,
que isso não seria possível, pois ainda não aprendera a fazê-lo. Mas
assegurou-lhe que era um homem bonito, de poucos namoros, de cabelos grisalhos,
e riu ao dizer que todos os dentes eram naturais. Hermínia riu disso
também. Ele continuou dizendo que nasceu na fazenda que era de seu avô, depois
de seu pai, e agora dele. Que viajava às vezes, mas o trabalho o
obrigava a permanecer em suas terras. Que o lugar era um recanto especial do
Mato Grasso, bem perto de Bonito, e quis saber se ela conhecia a
região...
Hermínia achou estranho Lupercio não saber enviar foto, já que parecia
bem despachado pela conversa no e.mail. Ora, ela também pouco entendia de
computador, porém, com as lições de Ângela, já estava se saindo muito bem
naquela correspondência pela Internet. Por que ele não fazia o mesmo, já que
praticamente todos os correspondentes gostavam de mandar foto e também de
receber? E também não entendeu a razão da contrariedade dele, já que lhe
assegurava ser um homem bonito e com bastante vitalidade. Em todo caso resolveu
responder.
- Caro Lupercio. Não conheço Mato Grosso, mas já ouvi falar bastante de
Bonito, do Pantanal e das belezas aí existentes. É o maior ecossistema do
planeta, a terra das águas cristalinas, uma natureza soberba. Onde moro é
bastante diferente, mas igualmente belo. Aqui é bem montanhoso, estamos no sopé
da Serra do Cipó. Temos dois rios separados por duas montanhas e uma grande
represa e nossa região é rica em cachoeiras, fadada ao turismo. Mas ainda não
temos infraestrutura para isso, estamos começando. Nosso atual prefeito é muito
voltado para o ecoturismo e está focado em planejar o turismo de tal modo que
não agrida a natureza.
Enquanto isso vamos levando nossa vidinha, que é muito boa e saudável.
Sou professora aposentada, como lhe disse, mas trabalho na escola local como
coordenadora pedagógica. Não gosto de ficar parada e é uma ocupação muito
prazerosa, conheço quase todo mundo e muitas das crianças são filhas de
ex-alunos meus.
Ah, antes que me esqueça, minha sobrinha que entende muito de
computador, diz que é muito fácil enviar imagens, fotos, desenhos, o que se
quiser, pelo computador. Eu estou aprendendo com ela. Quem sabe até lá eu
aprendo direitinho e você também e poderemos trocar fotos?
Bem Lupércio, fale um pouquinho de seu trabalho. Qual é a atividade
principal de sua fazenda? É perto de alguma cidade conhecida? Você costuma
viajar para os grandes centros? Tem algum objetivo maior na vida que ainda não
conquistou? Escreva um pouquinho sobre você, seus planos e sonhos...Aguardo
notícias, um grande abraço, Hermínia.
Depois deste e.mail tão longo, Hermínia foi preparar um chá e
chamou Ângela que ainda estava às voltas com seu livro.
- Venha tomar um chá, menina. Hoje eu fiz um bolo de laranja que está um
desacato de tão bom. Está esfriando, é bom você sair desta rede e entrar em
casa.
Ângela veio correndo, estava com fome e começando a ficar com frio.
Quando estava entrando no alpendre da casa, notou um senhor bem apessoado
tocando a campainha lá no portão.
- Tia, gritou para a cozinha. Tem uma pessoa lá na frente!
- Mande entrar, Ângela. – disse Hermínia, e esticou o pescoço para a
janela para ver quem era.
E quando olhou, seu coração começou a bater muito depressa, tirou rápido
o avental, ajeitou os cabelos quando passou no espelho da entrada e foi abrir a
porta para o visitante.
Ângela se espantou ao olhar a tia ruborizada e ao mesmo tempo faceira,
enquanto fazia aquele senhor alto e grisalho, de botas e chapéu, entrar na
sala. (contribuição
de Suzana Lima)
Ângela olhava boquiaberta para aquela cena inusitada. Nunca soubera de
caso algum de sua tia, nem namorado, nem candidato, nem nenhum apaixonado ou
admirador antigo. E agora, lá estava Hermínia conduzindo aquele senhor bem
apanhado para a sala de visitas, visivelmente encantada.
- Ângela, pediu Hermínia – traga uma bandeja com o café e o bolo para o
senhor Carlos. Ele é velho conhecido, sabe, e há mais de 25 anos que não nos
víamos, veja só. Nem sei como ele me encontrou aqui, nesta lonjura. Nós
nos conhecemos quando eu ainda morava em Belo Horizonte.
- Muito prazer - disse Ângela, cumprimentando o Carlos - Eu sou
sobrinha e estou passando as férias aqui.
- Muito bonita sua sobrinha, Herminia. – disse o senhor sorrindo bem à
vontade. - Por que não vamos tomar este café lá na copa? Assim não
precisa ninguém arrumar bandeja. A gente senta lá na mesa da
cozinha, como sempre fazíamos, lembra-se? E com certeza o bolo deve ser aquela
receita maravilhosa da mãe de Hermínia, não tem outro mais gostoso em
toda Minas Gerais.
- Vamos então, concordou Hermínia. E aí você vai me explicar de
que modo me achou aqui.
Sentaram-se à mesa e a prosa foi fluindo, regada a café quentinho e bolo
de laranja.
- Olhe Hermínia, disse Carlos – depois que nos separamos, logo depois de
nossa formatura, fiquei tão triste que resolvi sair de Belo Horizonte.
Sempre gostei do campo e fui trabalhar para um tio numa fazenda enorme
que ele tinha no Mato Grosso com agricultura e pecuária. Fiquei como braço
direito dele, coordenando tudo, o trabalho dos peões, os suprimentos, enfim, a
rotina da fazenda. Até ele morrer e me deixar como herdeiro, já que era já
viúvo e não tinha filhos. Acabei casando por lá, e tenho um rapaz de 20
anos que está se formando em agronomia em Viçosa, louco para trabalhar comigo
na fazenda.
- Você é casado, então? – perguntou Hermínia meio desconsolada.
- Sou viúvo, minha mulher morreu de parto e nem a criança se salvou. Foi
uma época muito difícil em minha vida, nem gosto de pensar nisso - Carlos
engasgou um pouco, entristecido com a lembrança, mas logo retomou a conversa.
- Não casou depois? - perguntou Ângela, já interessada na vida amorosa
daquele senhor que bem podia ser um pretendente para a tia.
- Não – respondeu Carlos, com um sorriso matreiro – Casar é coisa séria
e por lá só tem umas bugrinhas que não servem para ser esposa da gente.
Tive umas namoradas em Belo Horizonte, mas nenhuma se dispôs a viver
comigo na fazenda. Aí, alguém me falou de Hermínia, um colega de colégio,
que me encontrei, casualmente, numa feira de gado em Barretos.
- Quem era, Carlos? – perguntou Hermínia curiosa.
- O Robertão, aquele cara gordo e engraçado que só vivia fazendo piada.
- O Robertão? Espantou-se Hermínia – Ele sempre disse que queria ser
dentista. O que estava fazendo numa feira de gado?
- Trabalhando para o sogro, que é grande criador de gado. Sabe como é a
vida.
- Ah, - lembrou-se Hermínia – Eu o encontrei uma vez que fui a
Belo Horizonte, tem dois anos, para o casamento de Martinha, minha sobrinha
mais velha. Ele é aparentado com o noivo dela. Que coisa, hein? Foi o
Robertão que te deu notícias minhas, então?
- Foi sim, e fiquei muito animado. Ele me deu seu
endereço mas só pude vir agora, tinha muitas coisas para ajeitar antes: a
morte de meu tio, o inventário, meu filho na Faculdade, enfim, tantas
providências que um dia eu larguei tudo e resolvi chegar assim, de improviso.
A gente fica preso a estas coisinhas da vida e esquece de viver. (contribuição de
Suzana Lima)
Quando Carlos, seu antigo amigo, fazendeiro em Mato Grosso,
foi-se embora, Tia Hermínia, contente, pôs-se a pensar no rumo novo que sua
vida estava tomando. Graças à vinda de sua sobrinha Ângela e a Internet.
Em Lapinha, vivia calmamente, em paz mas, sem novidades. Uma vida
muito insípida.
De repente, quanta coisa boa estava acontecendo: novos amigos
interessados em conversar com ela, a amizade com o português simpático que já
queria até conhecê-la e, agora, o antigo colega que veio visitá-la de tão
longe, viúvo, parecendo muito interessado em reatar seu relacionamento.
Realmente, as coisas estavam mudando, acontecendo...
O rumo das conversas de Tia Hermínia a estavam obrigando a
estudar, pesquisar, o que a agradava muito e tomava bastante seu tempo.
Esquecia-se até das tarefas diárias, que realizava às pressas, correndo para o
computador.
Carlos, o fazendeiro, voltava de vez em quando, visitando-a e
convidando-a para ir à sua fazenda.
Achava-o agradável, educado e simpático, não fazendo comparações
entre seus novos amigos.
Estava deixando de ter confusões emocionais.
Com Carlos, era uma amizade mais real, verdadeira, possível de se
concretizar em algo sério.
Deixaria as coisas acontecerem... Quem sabe como mudaria o rumo
de sua vida? (contribuição
de Dinah Ribeiro Amorim)
“Quem sabe como mudaria o rumo de sua vida?”
Estava na hora de Ângela voltar para a casa. Férias compridas,
inesquecíveis. Em três meses tinha ensinado a tia a mexer no computador, entrar
num site de relacionamentos e garimpar possíveis candidatos ao coração dela, e
ainda por cima, apareceu um pretendente em carne e osso...
Mas seu regresso deixou a tia muito triste, sem pai nem mãe, como dizem.
Ajudou a sobrinha a fazer as malas, empacotou os potes de geléia que tinha
feito para sua irmã, e pediu ao seu vizinho para levá-las à rodoviária. Na
volta, Hermínia veio chorosa, contando para João Alberto como tinham sido
maravilhosos os meses passados com a sobrinha.
Para consolá-la um pouco, ele parou numa lanchonete recém-aberta e
ofereceu-lhe um café com pamonha fresquinha, especialidade da casa.
- Nem sabia desta casa aqui e que pamonha gostosa, comentou ela, olhando
mais atentamente para seu vizinho, como se apenas naquele momento o tivesse
visto: um senhor forte, pele tisnada pelo sol, cabelos já grisalhando, um
sorriso bonito beirando à ironia.
- Tem um mês mais ou menos, Hermínia, mas você não parecia
interessada em mais nada, a não ser nas conversas virtuais. Os amigos reais
foram ignorados. – provocou ele enquanto sorvia o café quentinho,
deliciado.
- Não, não, não ignoro meus amigos – respondeu ela meio intrigada -. Mas
como você sabe das conversas virtuais, João Alberto?
- Eu lhe via grudada no computador quando ia para o centro e nem uma vez
você levantou os olhos para olhar quem passava em frente na rua.
João Alberto estava a provocá-la com seu jeito direto e franco. Mas era
uma provocação de sedução, pelo menos Hermínia sentiu assim. Olhou-o pensativo,
avaliando se sua percepção estava correta:
- Tem razão, amigo. Mas é raro vê-lo dirigir esta pickup, é sempre
Tinhão quem usa este carro. Você não estava fazendo um curso qualquer em
B.H?
Ele sorriu:
- Ah, lembrou-se, não é? Não é um curso qualquer. Fui defender minha
tese de mestrado.
- Mestrado? Tese? Qual o assunto? – perguntou Hermínia meio espantada pela
sua ignorância e já subitamente interessada. No seu entender, João Alberto era
um dos muitos fazendeiros rústicos do lugar, sem nenhuma tinta cultural.
- Um outro olhar para os substitutos viáveis dos agrotóxicos – respondeu
ele soltando as palavras devagar. - Sou agrônomo, caso não saiba.
- Agrônomo? Nossa, João Alberto, me desculpe. A gente tem se visto
tão pouco, não é?
- Quase nada, cara amiga. Mas pretendo reparar esta falha logo. Vamos
esquecer por algum tempo estas conversinhas de computador que não levam a
nada? Estou lhe convidando para ir comigo, agora, no sábado, na Casa de
Dorotéia: vai ter um conjunto muito bom tocando lá. Você gostava de dançar,
pelo que me lembro.
- Hermínia olhou-o meio surpresa, seus olhos azuis brilhando como duas contas. Não sabia como estava encantadora diante de seu vizinho;
- Como você se lembrou disso, João Alberto? Tem mais de três anos que não saio para dançar.
- Três anos! O tempo corre mesmo...admirou-se ele. - Naquela época você ia muito a Belo Horizonte, sua mãe estava doente. Quantas vezes eu lhe levei à rodoviária? Você ficou muito abalada com a doença dela e depois, com o falecimento.
- Foram tempos duros mesmo. Acho que não fui boa vizinha e você sempre tão prestativo... Recorda a última vez que vim chorando o tempo todo, quando cheguei aqui depois do enterro? Ah, João Alberto, você me deu um apoio enorme, mas eu parecia alheia a tudo, morri um pouco por dentro também. – suspirou Hermínia.
- Foi mesmo, menina. Você não queria saber de nada, trancou-se em si mesma e depois de umas semanas resolveu fazer um jardim, assim do nada! Foi como uma compulsão, uma maneira de jogar no trabalho pesado todo seu sofrimento. – ele falava pensativo, como a consolar, sua mão pousando na dela, distraído, enquanto lembrava daquela época difícil.
- Tem razão – concordou Hermínia, estremecendo ao toque leve da mão dele - Joguei toda minha energia nas flores, esqueci meus planos, projetos, tudo enfim. Eu estava fora de mim, mas hoje, após quase quatro anos, posso recordar de tudo com tranqüilidade. A dor se esgotou, ficou a saudade, uma boa saudade. – sorriu para ele, faceira. - E você sempre ao meu lado, insistindo que eu saísse de minha concha, me convidando para sair, rever os amigos... e eu não queria nada, acho que fiquei muito chata naqueles tempos.
- Com certeza, d.Hermínia, ficou mesmo. – retrucou João Alberto, feliz porque vê-la animada outra vez. - Quantos rapazes queriam sair com você naquele tempo e você dispensava todos... A mim também. Apesar do tempo que passamos juntos na fazenda de meu tio, lembra? Chegamos até a engatar um namoro, mas logo sua mãe adoeceu e você perdeu o contato com seu mundo aqui. Mas eu não desisti de você não, apesar de todos os foras que me deu... – ele tomou um gole de café, rindo - Eu queria tanto fazer reviver sua risada gostosa, ver seus olhos brilharem outra vez...
- Que bom que não desistiu, João Alberto. – respondeu ela, faceira. – eu me refugiei primeiro no meu jardim e depois no computador, nestes últimos tempos. Visitei o mundo nesta ilha da Fantasia que se chama Internet. Não percebi como aqui mesmo, nesta pequena terra onde moramos, a gente pode encontrar a felicidade.
Ele segurou-lhe as mãos, olhou-a docemente e falou:
- Já encontrou e não vamos mais perder tempo não, Hermínia. Você conheceu outras realidades por via virtual. Mas esse mundo não é o mundo real, o nosso mundo. E se parar para olhar para mim, vai ver que sou de carne e osso, a conheço bem e a amo. Sempre amei. Não vou deixar você escapar de mim outra vez, ah, não vou mesmo...
E inclinou-se para ela, tomou-lhe o rosto entre as mãos e a beijou lentamente, num beijo que parecia que não ia acabar mais.
Hermínia arrepiou-se e corou, sentindo pela primeira vez o mundo latejar dentro de seu coração, um mundo feliz onde não havia lugar mais para tristeza. Algum tempo depois Ângela recebeu um e.mail dela:
- Minha querida menina, veja como é a vida... Eu procurei em tantos lugares, até em Portugal, lembra? E achei o meu companheiro aqui mesmo, em minha cidade. Aliás, ele que me achou, pois somos vizinhos há muito tempo. Mas foi muito bom você ter me ensinado a mexer no computador, abrindo um mundo novo e maravilhoso para mim. Sempre vou lhe ser grata e espero ansiosa as próximas férias para você voltar para cá e conhecer o novo tio que arrumei para você.
Beijos saudosos de sua tia Hermínia. (contribuição de Suzana da Cunha Lima)
FIM
Este foi um exercício de escrever coletivo que divertir e fez crescer as imagens em cada uma. Parabéns garotas!
3 comentários:
Achei esta idéia de interagir na elaboração do conto muito boa. Abraço, Suzana
Ah, estou no site
www.terceiraidadeconectada.com.br
embora ache esta história de terceira idade muito simplória.
suzi
Sensacional a continuação da Dinah no conto coletivo. Gente, tenho prática em sites de relacionamento da Internet, mas esta dela arranjar um correspondente transoceânico foi genial mesmo. Estou pensando como continuar. Eu já teria umas três respostas para a tia da Ângela. Se o perfil está bem feito, isto acontece. Vamos ver, vou matutar...
Abração em todas, Suzana
Esta história do internauta aparecer de sunga, cabelos molhados etc. está muito marota. Acho que vou acabar com a alegria dele.
Aguardem!!
Suzi
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