Marcaram de se encontrar no cinema, cinema de rua, desses que passam filmes mais legais mais cabeça, afinal era a primeira vez que iam ficar a sós e estavam a fim de impressionar um ao outro.
Carlinhos cabulou a aula de violão para encontrar-la, estava com o dinheiro certo, para o cinema e a pipoca. Sorriu ao vê-la chegar.
Marisa estava ansiosa, dissera à mãe que ia para a casa da Vivi, sua melhor amiga e cúmplice.
Eles haviam ficado na festa do colégio, foi gostoso, trocaram selinhos, se abraçaram e teve um ou outro beijo mais ousado.
Ao entrarem na sala para assistir ao filme, sentiram que a penumbra da platéia e as poltronas confortáveis, os convidava a uma intimidade maior.
Do filme não viram nada. A pipoca ficou abandonada.
Mal trocaram algumas palavras.
Carlinhos a beijava de um jeito mais atrevido, primeiro nas bochechas, na beirada das orelhas e com toques quase impróprios, apalpava o corpo de Marisa, que por sua vez, sentia o coração acelerado e, ao mesmo tempo que queria, pensava no que a mãe diria, e tentava afastar as mãos dele, mas estava se sentindo derreter de paixão.
Em determinado momento, olhos nos olhos, sentiram-se invadidos por um sentimento doce e violento ao mesmo tempo, como um torpedo invadindo até a alma. Era para sempre.
As luzes se acenderam, se olharam muito confusos com a descoberta desse sentimento novo e embriagante.
Falaram ao mesmo tempo. Te amo.
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