E A FADA SININHO SE APAIXONA...
Quantas recordações gostosas nos trazem a infância: brincadeiras, vizinhos amigos, filmes infantis, principalmente os de Walt Disney!
Que emoção sentimos na primeira vez que assistimos “Branca de Neve e os Sete Anões”, “Alice no País da Maravilhas”, “Cinderela”... Vibramos com a vitória do Bem! A salvação da moça inocente e injustiçada e a morte ou queda da bruxa, pertencente ao Mal!
De todas as estórias da minha infância, a que mais gostei foi a de Peter Pan e sua auxiliar: A Fada Sininho! Que gracinha! Tão pequenininha! Tão dourada! Tão sentimental!
Tão esperta! Até quando ficava brava, com ciúmes de Wendy, vendo Peter Pan apaixonado pela menina, era muito engraçadinha! Recolhia-se num canto, sacudia, enraivecida, o seu pozinho brilhante, cheio de estrelinhas faiscantes, batia as asinhas e ficava em silêncio, sem dar seus vôos saltitantes!
Foi num desses momentos que a Fada Sininho, mesmo espalhando todo o seu pó mágico pelo caminho, com muita braveza pois, estava com raiva, atingiu vários seres misteriosos da floresta, coisas que só as fadas conseguem...
Mesmo bravas, seu poder mágico só faz o bem, tornando sadios, alegres e felizes os que estão ao redor...
Rirri, um duende misterioso, às vezes verde, às vezes , azul, passava pelo local, nesse momento; sentiu-se atraído pela fadazinha triste, num canto, com pozinho tão maravilhoso...
Aproximou-se dela e tentou conversar mas, ela, nem respondeu, só pensando em Peter Pan e na sua dor!
Rirri tornou-se azul; quem sabe Sininho gostaria mais dele! Que nada! Nem olhou...
Ficou novamente verde... nada! A fadinha, tão encantadora! Permanecia zangada e triste...
Pensou também em usar seus poderes, afinal! Não era um duende?
Desapareceu por uns momentos e voltou a aparecer com uma linda rosa nas mãos!
Nada poderia ser mais mágico, mais maravilhoso do que uma rosa, recém desabrochada...
Sininho olhou a rosa, examinou suas pétalas, isso não saberia fazer nunca; deixou-a ao seu lado, para sentir seu perfume!
O duende, percebendo que a agradara, começa a aparecer e a desaparecer, sempre trazendo uma flor diferente... Resolve tratá-la com muito carinho, levando dias e dias nessa tarefa...
Sininho finge não prestar muita atenção mas, nota a sua presença e a flor que sempre traz!
Percebe que o duende começa a cativá-la e, que a sua presença lhe faz falta!
Aos poucos, torna-se mais alegre, esperando, ansiosa, o seu momento de chegar, sempre rodeada de flores!
Certo dia, Rirri desaparece e não aparece mais!
Sininho, preocupada, percebe, enfim, que está apaixonada por ele e quer procurá-lo, sem saber o “por que” de sua demora?
Voa, esperta, por vários lugares da floresta; pergunta aos animaizinhos verdes, aos azuis, aos outros duendes que encontra... Nada!
Atravessa rios, jardins, montes, grutas, até encontrá-lo, finalmente, quase morto, atingido por um espinho de uma flor muito bonita, nascida num galho, dentro de um buraco no alto da rocha.
Desesperada, sentindo mesmo que Rirri ia morrer, joga todo o seu poder, a sua força, seu pozinho milagroso, esperando salvá-lo.
O Rei do Universo, compadecido também pelo sofrimento e, sensibilizado por um amor tão grande, resolve colaborar com a Fada Sininho, dando muita força aos seus poderes, uma vez que era para o Bem e, num “sopro”, o espinho é arrancado do coração de Rirri e ele renasce para a vida!
A fadinha, de tão feliz, abraça-o fortemente e promete nunca mais deixá-lo partir!
Não precisava de flores! Elas já eram lindas aonde estavam; queria Rirri ao seu lado para, juntos, percorrerem os lugares que só o Mundo Encantado do Desenho e da Imaginação oferece!
Viveram felizes para sempre, na Cidade do Nunca, junto a Peter Pan e sua Turma do Bem!
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