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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Areiódromo - Patricia Iasz


Areiódromo
Patricia Iasz

A cidade comemorava a nova obra monumental. O areiódromo. Milheiros de cidadões marginavam a orla da praia. Deschinelados, carregando suas toalhas de palha, se acomodavam na areia para curtir a marmansa que vinha suave, trazendo o cheiro de maresia e o frescor de balanço flutuável. O sol matineiro já aquecia os rostos felizes das criançadelas e, mamitas preocupadas com as descascas de Ozônio, lambuzavam as faces faceiras destas infâncias, com brancas pasteladas de bronzeadeiros.

O soneiro na praia era de ondas quebrantes que espumavam bolinhas de sabão que explosiavam ao tocar as margens da areia úmida. Gritos e gargalhadas se misturavam aos alto-falante animativos do festeiro. Uma banda juvenal tocava agitos no palqueiro montado  no calçadaço da avenida.

A natureza comumente silenciosa e tranquila da praia estava agora repleta de uma natureza gentante. Eram estrangeiros, locais e viageiros de todo país, que vieram desfrutar na novidade anunciada durante 10  meseiros. O areiódromo estava entrando na moda e veio cheio de credibilitário. Todos amaram a novidade.
Durante todo o dia, o espaço novaço ficou ocupativo. Televisionários e radiolocutórios anunciavam a novideira em rede nacional, atraíndo todo tipo de curiosos ao eventido. Uma loucura “tot tal”...

Girado os ponteiros do tempo, o sol desnasceu. A noite caínte veio repleta de estrelidos e clareada por uma gigantina Lua Cheia. O céu permanecia lindo só que agora transvestido do véu de anoitecência.

Enamorados desviam o dia com olhares paixonativos e adentravam em sonhos noturneiros ao convite dos refletidos prateeiros que se estendiam como passarela na surpefência do mar adentro. Lindório e memoritável momento.

Assim foi a inaugurança do areiódromo. Um marco historil.

         

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