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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Branca de Neve e a Gata Borralheira - Dinah Ribeiro Amorim



BRANCA DE NEVE E A GATA BORRALHEIRA, CINDERELA, MUITOS ANOS DEPOIS!
Dinah Ribeiro Amorim


Como já sabemos Branca de Neve, que vivia com os anões, foi adormecida por uma bruxa e despertada muito tempo depois por um príncipe que a beijou e a ressuscitou para a vida levando-a em seu cavalo branco...

Cinderela que vivia maltratada por uma madrasta, outra bruxa com duas filhas maldosas e invejosas, também foi salva de sua má vida por uma fada madrinha, um anjo bom, que a apresentou a um príncipe, conquistando-o com seu sapatinho de cristal e virando uma princesa...

Pois é, as duas estórias terminam com: E foram felizes para sempre...

Na verdade nessa estória, a vida delas continua tornando-se amigas uma da outra, reinando e morando em reinos vizinhos.

Casaram-se com seus príncipes, tiveram filhos, visitando-se continuamente e fazendo-os brincarem uns com os outros.

Continuavam lindas. As crianças também nasceram lindos e saudáveis. Viviam felizes nessa vida depois de tanto sofrimento que tiveram!

Mas como em toda estória bonita sempre aparece um “mas”, a bruxa que perseguiu Branca de Neve não morreu no penhasco. Reviveu de novo, com mais revolta e raiva da enteada buscando um meio de se vingar novamente. Não se conformava com a felicidade das duas, ainda mais porque ela ficou aleijada de uma perna com a queda que levou.

Sabendo por espiões que as duas famílias se encontravam, contratou um cocheiro para que se oferecesse a trabalhar na casa de Cinderela e, quando seus filhos saíssem para visitar os de Branca de Neve, ele iria junto, ficaria no castelo, tentaria se aproximar da filha mais velha dela, que era a mais querida, e a forçaria a ir até a floresta, aonde a bruxa a esperava com um veneno para adormecê-la também!

O cocheiro que era pobre e muito ambicioso aceitou um bom dinheiro para fazer o serviço. Colocou muitas moedas no bolso.

Na tarde combinada a carruagem pronta para o passeio, as crianças animadas sobem correndo e vão até o castelo de Branca de Neve. Os filhos dela já os esperavam para um gostoso lanche.

O cocheiro de nome Tomás, fez de tudo para rodear a moça em questão, atraí-la para fora do jardim, separá-la dos outros dizendo que havia um barulho estranho lá fora!

Tanto fez, tanto insistiu que a moça concordou em acompanhá-lo e verificar o “tal barulho”!

Mais que depressa pegou um lenço tapou-lhe a boca, segurou-a fortemente e levou-a para a carruagem!

A pobre moça nem gritar podia e, muito assustada caiu desmaiada no banco traseiro!

Para Tomás foi muito fácil e logo se pôs a correr pela estrada ao encontro da bruxa.

Mas como em toda estória ruim aparece algo de bom , o que Tomás não sabia era que na floresta existia também um “anjo bom”, protetor dos fracos e oprimidos que roubava as carruagens da estrada para doar aos pobres: Robin Hood e seus companheiros.

Robin Hood ao ver aquela carruagem rica faz parar o cocheiro e obriga-o a dar as moedas do seu bolso. Olhando para dentro da janela avista a linda moça desmaiada e amordaçada. Desconfiando de alguma malvadeza, liberta-a e obriga Tomás a transportá-la de volta ao seu castelo, levando-o prisioneiro depois.

Mais uma vez o destino protegeu Branca de Neve e Cinderela livrando-as do mal, juntamente com suas famílias. Sempre foram muito boas e puras e, com certeza, têm merecimento: o aparecimento de um anjo protetor!

A bruxa da história continuou envelhecendo e planejando novas armadilhas, nunca tendo êxito!

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